24 de jul 2025
Nordeste concentra as cidades mais violentas do Brasil; veja o top 10
Maranguape lidera as taxas de homicídios no Brasil, refletindo a violência crescente e a letalidade policial em cidades do Nordeste.

Jequié, no sudoeste da Bahia, é a segunda cidade mais violenta do Brasil (Foto: Divulgação/Prefeitura de Jequié)
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O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 revelou que Maranguape (CE) é a cidade mais violenta do Brasil, com uma taxa alarmante de 79,9 homicídios por 100 mil habitantes. O município, que possui cerca de 108 mil habitantes, registrou 87 homicídios no último ano, refletindo a intensa disputa entre facções criminosas, como o Comando Vermelho e os Guardiões do Estado.
Em segundo lugar, Jequié (BA) apresenta uma taxa de 77,6 homicídios por 100 mil habitantes. A cidade, que antes ocupava a terceira posição, viu um aumento significativo na letalidade policial, com 44 das 131 mortes violentas atribuídas a ações das forças de segurança. Juazeiro (BA) completa o trio, com uma taxa de 76,2 por 100 mil, evidenciando a interiorização da violência no Brasil.
Aumento da Letalidade Policial
O anuário também destaca um aumento na letalidade policial, que representa 14,1% das mortes violentas em 2024, um crescimento em relação aos 8,1% registrados em 2017. Esse fenômeno é mais acentuado na Bahia, onde a resposta das polícias à criminalidade tem sido mais extrema. Apesar do aumento da violência em algumas cidades, o Brasil registrou uma redução geral no número de homicídios, com 44.127 vítimas em 2024, o menor número desde 2012.
O Nordeste concentra todas as dez cidades mais violentas do país, com cinco delas na Bahia, três no Ceará e duas em Pernambuco. A mortalidade observada em 2024 é um reflexo das disputas entre facções e da resposta das forças de segurança, que têm reagido de forma cada vez mais letal.
Desaparecimentos e Crime Organizado
Além dos homicídios, o Brasil enfrenta um grave problema de desaparecimentos, com 81.873 casos registrados, muitos possivelmente relacionados a facções criminosas. A luta pelo controle do tráfico de drogas afeta principalmente jovens, homens, negros e moradores de áreas periféricas. O cenário de violência é exacerbado pela disputa entre facções, que se intensifica nas regiões metropolitanas e no interior.
O diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, afirma que a queda no número de homicídios poderia ser maior se houvesse mecanismos de enfrentamento ao crime organizado mais eficientes. Ele destaca a importância do fortalecimento da investigação e do combate à lavagem de dinheiro para enfrentar grupos como o PCC e o Comando Vermelho.




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