Tarcísio busca acordo sobre tarifas com governadores dos EUA e critica Lula

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criticou a gestão do governo Lula pela falta de diálogo com os Estados Unidos, especialmente após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, que começam a valer em 1º de agosto. Em entrevista à rádio Cruzeiro FM, Tarcísio afirmou que a ausência de interlocução está prejudicando a economia nacional e que o governo federal não tem feito esforços para reverter a situação.

Tarcísio destacou que a falta de comunicação com os EUA é um fator crucial para a crise comercial. Ele comparou as sanções impostas ao Brasil com as de outros países, como Japão e México, e afirmou que "isso só se resolve com interlocução". O governador também mencionou que o governo federal se aliou a países como China e Rússia, o que, segundo ele, provocou a reação dos Estados Unidos.

Esforços do Governo Paulista

Para mitigar os impactos das tarifas, o governo paulista está buscando negociar com autoridades americanas. Tarcísio afirmou que o estado de São Paulo, responsável por 80% da produção de suco de laranja do Brasil, está em contato com governadores de estados norte-americanos para pressionar o governo dos EUA. Ele ressaltou que empresas como Coca-Cola e Pepsico também serão afetadas e podem ajudar a aumentar essa pressão.

Além disso, o governador anunciou medidas como a liberação de crédito para exportadores e a antecipação de créditos de ICMS para empresas paulistas que exportam para os Estados Unidos. Tarcísio classificou essas ações como um "esforço complementar" à política externa federal, que, segundo ele, é de responsabilidade do governo Lula.

Contexto Político

O governador, que é apadrinhado por Jair Bolsonaro, tem adotado um discurso crítico em relação ao governo atual. Ele negou, no entanto, que tenha intenções de concorrer à presidência em 2026, afirmando que seu foco é a reeleição em São Paulo. Tarcísio ainda defendeu que Bolsonaro deve participar das próximas eleições, apesar de sua inelegibilidade até 2030.