30 de jul 2025
Lula contata Moraes após sanções dos EUA e defende autonomia do Judiciário
Lula defende autonomia do Judiciário e convoca reunião de emergência após sanções dos EUA a Alexandre de Moraes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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Minutos após a imposição de sanções pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou apoio ao magistrado. Lula, que se dirigia ao Alvorada para almoçar, fez uma ligação a Moraes para expressar solidariedade e, em seguida, convocou uma reunião de emergência com seus principais ministros.
Durante o encontro, realizado no Palácio do Planalto, Lula e os ministros classificaram as sanções como “inaceitáveis” e uma afronta à soberania nacional. As sanções, baseadas na Lei Magnitsky, incluem o bloqueio de bens de Moraes nos EUA e restrições financeiras, além de tarifas adicionais de 50% sobre produtos brasileiros.
Reunião de Emergência
Na reunião, participaram o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e outros ministros, incluindo os da Advocacia-Geral da União e da Justiça. Lula orientou a AGU a estudar medidas legais para contestar as sanções, que foram vistas como uma tentativa de interferência na Justiça brasileira. O advogado-geral da União, Jorge Messias, informou que análises já estavam sendo elaboradas.
O presidente enfatizou que o Brasil está aberto a negociações econômicas, mas não aceitará discussões sobre a autonomia do Judiciário. “Um dos pilares da democracia e do respeito aos direitos humanos no Brasil é a independência do Poder Judiciário”, afirmou Lula, ressaltando a importância de proteger as instituições brasileiras.
Impacto das Sanções
As sanções foram anunciadas em um contexto de crescente tensão entre o Brasil e a administração Trump, refletindo a deterioração das relações bilaterais. O governo brasileiro considera as medidas injustificáveis e uma ameaça à histórica parceria entre os dois países. A expectativa é que os ministros do STF se manifestem sobre o assunto na reabertura dos trabalhos da Corte, marcada para esta sexta-feira.
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