Rússia desconsidera ameaças de Trump e afirma ter 'imunidade' a sanções

A Rússia reagiu com desdém à nova ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que estabeleceu um prazo de 10 dias para que o país encerre a guerra na Ucrânia. Caso contrário, Trump anunciou a imposição de tarifas de 100% sobre produtos russos. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia já desenvolveu “imunidade” às sanções e que sua economia continua operando sob as restrições impostas pelo Ocidente.

Durante uma visita ao Reino Unido, Trump expressou sua decepção com o presidente russo, Vladimir Putin, mencionando que esperava uma resolução mais rápida para o conflito. O novo ultimato reduz o prazo anterior de 50 dias e reflete a impaciência dos EUA com a situação. Trump destacou que a Rússia tem agido de forma agressiva, citando ataques a civis em Kiev.

Reações do Kremlin

O Kremlin não apenas desconsiderou as ameaças de Trump, mas também ironizou a advertência, com a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, chamando a situação de “rotineira”. Ela afirmou que as sanções ocidentais têm sido ineficazes contra a Rússia e, na verdade, prejudicam mais as economias do Ocidente. Além disso, o Kremlin não descarta a possibilidade de um encontro entre Trump e Putin em setembro, durante as comemorações dos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial na China.

Comércio Bilateral

Apesar das tensões, o comércio entre Rússia e Estados Unidos ainda alcançou US$ 3,5 bilhões em 2024, com destaque para produtos como fertilizantes, metais e combustível nuclear. Trump também ameaçou estender as tarifas a parceiros comerciais da Rússia, o que poderia impactar o mercado global. A Ucrânia elogiou a decisão de Trump, enquanto analistas alertam sobre possíveis consequências no mercado de petróleo.