Esvaziamento da Cracolândia reduz fluxo de usuários de drogas no centro de SP
A dispersão de usuários da Cracolândia gera novos desafios para a segurança e saúde pública no centro de São Paulo

Usuários de droga se misturam a moradores de rua sob o Minhocão (Foto: Daniel Teixeira/Estadão)
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Esvaziamento da Cracolândia: Mudanças e Desafios em São Paulo
A Cracolândia, área emblemática de concentração de usuários de drogas em São Paulo, passou por um esvaziamento significativo nos últimos meses. Dependentes químicos se dispersaram em grupos menores por outras áreas do centro, enquanto as autoridades intensificam ações de saúde e segurança.
O esvaziamento, que ocorreu após o avanço das investigações sobre o tráfico de drogas ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), resultou na diminuição do número de usuários na região. A Favela do Moinho, identificada como um bunker do PCC, teve sua dinâmica alterada com a remoção de moradores, dificultando o fluxo de drogas.
Novos Pontos de Concentração
Atualmente, grupos menores de dependentes químicos se reúnem em locais como a Praça Marechal Deodoro e sob o Minhocão. Embora o número de usuários tenha diminuído, as cenas de uso de drogas e aglomerações ainda são visíveis. A presença de uma base da Polícia Militar na praça, instalada em maio, tem ajudado a inibir a venda e o uso de entorpecentes, mas não eliminou completamente a presença de dependentes.
O vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth, afirmou que não há mais concentrações comparáveis ao que foi a Cracolândia, destacando que a situação atual é bem diferente. Para a Polícia Militar, não é possível afirmar que houve migração de usuários para novos pontos, embora a Prefeitura reconheça a necessidade de monitoramento contínuo.
Ações das Autoridades
A gestão municipal, sob Ricardo Nunes, está comprometida em oferecer tratamento e apoio social a pessoas em situação de vulnerabilidade. A Prefeitura monitora diariamente 32 ruas na região central, com equipes de saúde e assistência social realizando abordagens regulares. Dados recentes indicam que a média de usuários na região da Luz caiu de 183 para 134 durante o dia, e de 259 para 113 à noite, entre os meses de maio e julho.
As autoridades continuam a trabalhar para garantir que os dependentes químicos tenham acesso a tratamento médico e social. O secretário municipal de Segurança Urbana, Orlando Morando, vê a transformação como resultado das ações contra o tráfico na Favela do Moinho e um aumento na busca por tratamento entre os dependentes.
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