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31 de jul 2025

Trump e as sanções ao Brasil: um sinal da decadência americana

Trump adota táticas de controle semelhantes às de Chávez, ameaçando a democracia e polarizando ainda mais o cenário político nos Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao anunciar tarifas aos países em 2 de abril (Foto: Mark Schiefelbein/AP)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao anunciar tarifas aos países em 2 de abril (Foto: Mark Schiefelbein/AP)

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Hugo Chávez e Donald Trump: Paradoxos do Autoritarismo Competitivo

Hugo Chávez, ex-presidente da Venezuela, foi pioneiro em um modelo de autoritarismo competitivo, onde as eleições e a oposição formal coexistem com a erosão do Estado de direito. Esse fenômeno, descrito por Steven Levitsky, permitiu que Chávez mantivesse uma fachada democrática enquanto consolidava seu poder. Donald Trump, em seu atual mandato, adota táticas semelhantes, governando por decretos e atacando a imprensa, o que levanta preocupações sobre a saúde da democracia nos Estados Unidos.

Chávez, que chegou ao poder em um contexto de crise econômica e desconfiança nas instituições, utilizou seu carisma e uma retórica populista para conquistar apoio popular. A polarização política nos EUA, intensificada pela crise de 2008 e pela pandemia de 2020, criou um ambiente propício para Trump, um outsider do mundo empresarial. Assim como Chávez, Trump se beneficia de um eleitorado insatisfeito e busca soluções simplistas para problemas complexos.

Táticas de Controle

Trump, em seu primeiro mandato, foi contido por figuras moderadas em seu gabinete. No entanto, atualmente, ele governa com um círculo de aliados leais, emitindo 176 decretos em apenas seis meses, muitos deles considerados inconstitucionais. Essa estratégia lembra a de Chávez, que também cercou seu governo de leais e frequentemente ignorou limites legais.

Além disso, Trump tem atacado a imprensa, restringindo o acesso de veículos críticos e transformando a sala de imprensa em um espaço controlado. Essa abordagem se assemelha à de Chávez, que em 2007 encerrou a concessão da RCTV, um canal crítico ao seu governo. Ambos os líderes utilizam a mídia para promover suas agendas, criando um ambiente de desinformação.

Inimigos Imaginários

Chávez frequentemente fabricava crises externas para desviar a atenção de problemas internos. Da mesma forma, Trump utiliza crises fictícias para justificar políticas protecionistas e atacar adversários. Essa estratégia de criar inimigos imaginários é uma tática comum entre líderes populistas, que buscam consolidar seu poder em tempos de incerteza.

A comparação entre Chávez e Trump revela um padrão preocupante de erosão democrática. Ambos os líderes prosperaram em contextos de polarização e crise, utilizando o carisma e a retórica populista para avançar suas agendas. O futuro da democracia nos Estados Unidos pode depender da capacidade da sociedade civil e das instituições de resistir a essas pressões autoritárias.

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