EUA oferecem bônus de até R$ 260 mil para novos agentes de deportação da ICE

O Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA (ICE) anunciou uma nova campanha de recrutamento para aumentar sua força de trabalho em 10 mil agentes, com o objetivo de dobrar seu efetivo atual. A iniciativa, que visa intensificar as deportações, inclui bônus de até US$ 50 mil e benefícios como perdão de dívidas estudantis.

A campanha foi lançada em 29 de julho e faz parte de um pacote orçamentário de US$ 165 bilhões destinado ao Departamento de Segurança Interna (DHS). O ICE receberá US$ 76 bilhões, um aumento significativo em relação ao orçamento anterior. A meta do governo Trump é alcançar 1 milhão de deportações anuais, um número que representa um aumento considerável em relação aos 150 mil deportados nos primeiros seis meses da administração.

Detalhes da Campanha

Os novos recrutamentos incluem diversas funções, como agentes de deportação, advogados e investigadores criminais. Os salários para os agentes variam entre US$ 49.739 e US$ 89.528 anuais, dependendo da experiência. Além dos bônus, a agência promete horas extras e benefícios de aposentadoria aprimorados. A divulgação da campanha utiliza uma estética patriótica, com slogans como "A América precisa de você".

Apesar do apelo, há preocupações sobre a qualidade das contratações. Jason Houser, ex-chefe de gabinete do ICE, expressou receios de que a pressa em aumentar o efetivo possa levar a uma queda nos padrões de seleção, semelhante ao que ocorreu com a Patrulha de Fronteira nos anos 2000.

Expectativas e Desafios

Embora a campanha tenha gerado grande expectativa, ainda não há informações sobre o número de candidatos que se inscreveram. A pressão para aumentar o efetivo do ICE e atingir as metas de deportação continua a ser um tema controverso, levantando debates sobre a eficácia e a ética das políticas de imigração do governo Trump.