PT intensifica esforços para cassar Eduardo Bolsonaro e mobiliza militância digital

BRASÍLIA - O PT intensificou sua militância digital para exigir a cassação imediata do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. A pressão ocorre após os EUA imporem sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, e inclui uma campanha nas redes sociais.

A mobilização petista orientou seus apoiadores a inundar os canais de comunicação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), com pedidos para remover Eduardo do cargo. O deputado já manifestou a intenção de renunciar, mas a burocracia da Câmara pode prolongar seu mandato até junho de 2026.

A mensagem distribuída pelo PT destaca que Eduardo Bolsonaro foi uma "peça-chave" em ações que, segundo a sigla, prejudicaram o Brasil. O texto, que circula em grupos de WhatsApp, é acompanhado por um vídeo que critica a postura do ex-presidente e enfatiza a necessidade de responsabilização.

Ações do PT e Respostas

Deputados do PT já apresentaram pedidos de cassação no Conselho de Ética, mas esses requerimentos aguardam análise de Motta. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que a cassação de Eduardo será uma prioridade quando o Parlamento retomar suas atividades.

Eduardo, que se licenciou do mandato para articular ações nos EUA, defendeu a anistia ampla para acusados de tentativa de golpe, incluindo seu pai. Ele também comentou sobre as sanções, afirmando que a responsabilidade recai sobre o Congresso.

Estrutura Digital e Mobilização

A estratégia digital do PT, que inclui vídeos e textos prontos para compartilhamento, é coordenada pelo Instituto Lula e pela Fundação Perseu Abramo. A comunicação busca reforçar a narrativa de que o governo Bolsonaro prejudicou o Brasil, especialmente com o recente tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros anunciado por Donald Trump.

Enquanto isso, uma comitiva de senadores brasileiros tenta reverter as sanções impostas pelos EUA. Eduardo Bolsonaro, por sua vez, afirmou que trabalha para que os parlamentares brasileiros não encontrem diálogo com o governo norte-americano. A situação permanece tensa, com a possibilidade de que Eduardo atinja o limite de faltas e perca o mandato até o final do ano.