Mauro Vieira denuncia conluio entre Trump e Bolsonaro e defende soberania brasileira

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, denunciou nesta segunda-feira, dia 4, um "conluio ultrajante" entre brasileiros e forças estrangeiras, em referência às pressões dos Estados Unidos sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Durante uma cerimônia no Itamaraty, Vieira reafirmou que a soberania nacional não é negociável e criticou as sanções impostas pelos EUA.

O chanceler destacou que a Constituição brasileira não será submetida a "exigências inaceitáveis". Ele se referiu a ataques orquestrados por opositores, incluindo o deputado Eduardo Bolsonaro, que buscam influenciar decisões judiciais no Brasil. Vieira enfatizou que o país vive um período de democracia consolidada, com um histórico de respeito às liberdades civis e políticas.

Críticas às Sanções

As tensões aumentaram após o presidente americano, Donald Trump, anunciar uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, condicionando a medida ao encerramento do processo judicial contra Bolsonaro. Vieira afirmou que o Brasil não aceitará ser "tutelado por ninguém" e que a defesa da democracia é prioridade.

O chanceler também mencionou que o Brasil considera "inaceitável" qualquer ingerência nas decisões do Poder Judiciário. Ele ressaltou que os processos contra Bolsonaro são conduzidos de forma transparente, com amplo respeito ao devido processo legal.

Diplomacia Firme

Em sua fala, Vieira expressou orgulho em liderar o Itamaraty na defesa da soberania brasileira. Ele afirmou que a sociedade e suas instituições superaram tentativas de golpe militar e que "saudosistas do arbítrio" não terão sucesso em suas tentativas de subverter a democracia. O ministro se reuniu recentemente em Washington com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, onde reiterou a independência do Brasil diante de pressões externas.