Petro termina mandato sem alcançar as mudanças prometidas para a Colômbia
Governo de Gustavo Petro enfrenta crescente instabilidade política e queda na popularidade em meio a atentados e desafios eleitorais.

Gustavo Petro em Caloto, Cauca, no dia 30 de julho de 2025. (Foto: Joel González - Presidência de Colombia)
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O governo de Gustavo Petro na Colômbia completa três anos sem cumprir promessas de transformação, enfrentando um cenário político conturbado. Apesar das expectativas de colapso, o país não seguiu o caminho apocalíptico previsto por opositores. A administração de Petro, marcada por uma agenda de reformas resistida, apresenta um legado misto em segurança e economia.
Recentes eventos, como o atentado ao senador Miguel Uribe Turbay e a revelação de tentativas de conspiração política envolvendo o ex-chanceler Álvaro Leyva, intensificaram a tensão no ambiente político. Além disso, a condenação do ex-presidente Álvaro Uribe Vélez por suborno a testemunhas destaca a fragilidade do cenário atual. As eleições locais de outubro de 2023 mostraram a dificuldade da esquerda em manter a hegemonia, com resultados ruins em cidades como Bogotá e Cali.
Desafios e Conquistas
Petro enfrenta um Legislativo sem maiorias claras e um apoio popular em queda, com a aprovação presidencial em torno de 30%. A administração, que chegou ao poder após grandes mobilizações sociais, lida com uma oposição desorientada e um cenário eleitoral incerto. As reformas propostas, como a da saúde, enfrentaram resistência, enquanto a política de segurança se mostrou ineficaz.
Apesar das dificuldades, o governo conseguiu avanços, como a reforma tributária que ampliou a arrecadação e mudanças na legislação previdenciária. A pobreza, medida por condições de saúde, educação e habitação, caiu de 27,3% em 2022 para 24,3% em 2024. Contudo, esses resultados ainda estão aquém das promessas de campanha de Petro, que reconheceu em entrevista que subestimou os desafios de governar.
O Futuro da Esquerda
Com a aproximação das eleições de 2024, a incerteza política persiste. A esquerda, que já teve apoio popular significativo, agora enfrenta um cenário de dispersão partidária e falta de clareza nas prioridades. O governo de Petro, que prometeu uma revolução social, se vê limitado por barreiras institucionais e desafios internos, enquanto a Colômbia continua a buscar um caminho estável em meio a um ambiente político volátil.
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