03 de mai 2025
Papa Francisco promove diálogo com teologia da libertação após décadas de condenação
Papa Francisco transforma a relação com a teologia da libertação, promovendo diálogo e reconhecendo seus teólogos, após décadas de condenações.
Foto:Reprodução
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O papa Francisco tem promovido uma mudança significativa na relação da Igreja Católica com a teologia da libertação, que foi condenada por seus antecessores, João Paulo II e Bento XVI. Desde o início de seu pontificado, Francisco adotou uma postura de diálogo com teólogos dessa corrente, como Gustavo Gutiérrez, reconhecendo a importância da opção pelos pobres.
Francisco levantou sanções contra figuras como Miguel d’Escoto e Ernesto Cardenal, que haviam sido censurados anteriormente. O papa também incorporou elementos da teologia da libertação em suas encíclicas, como a Laudato Si’, onde critica o capitalismo e defende a justiça social. Em 2013, o L’Osservatore Romano destacou a teologia da libertação, sinalizando uma nova fase de aproximação entre o Vaticano e essa corrente teológica.
O papa tem se reunido com movimentos populares e comunidades indígenas, enfatizando a necessidade de atender às demandas por trabalho, teto e terra. Ele também se inspirou na cosmovisão quechua do sumak kawsay (bom viver) em sua proposta de uma Igreja mais inclusiva e solidária. A mudança de postura de Francisco reflete um reconhecimento das teologias decoloniais que emergem no Sul Global, abordando questões de justiça social e ambiental.
Apesar dos avanços, críticos apontam que o papa ainda não retirou todas as sanções contra teólogos contemporâneos. A expectativa é que essa abertura se amplie, permitindo um diálogo mais profundo e inclusivo dentro da Igreja.
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