Setor de stablecoins atrai bancos e empresas de pagamentos com novas oportunidades

O setor de stablecoins, criptomoedas atreladas a ativos como o dólar, está atraindo a atenção de instituições financeiras tradicionais. A Wells Fargo informou que o mercado de stablecoins cresceu 16% em 2023, com a Tether (USDT) dominando 67,5% do mercado. Esse crescimento ocorre em um contexto de mudanças nas políticas regulatórias, com a administração Trump revogando restrições anteriores.

Empresas como Mastercard e PayPal estão se adaptando para integrar stablecoins em seus serviços, focando em pagamentos B2B (business-to-business) e transações internacionais. A Wells Fargo destacou que a adoção de stablecoins pode trazer vantagens como autorização instantânea, redução de custos e interoperabilidade para contratos inteligentes.

A análise da Wells Fargo, liderada por Andrew Bauch, sugere que o crescimento do mercado de stablecoins é um fenômeno a ser monitorado. O mercado de stablecoins cresceu 43% no último ano, segundo dados da CryptoQuant. Além da Tether, a Circle, com seu USDC, representa cerca de 27% do mercado.

Oportunidades e Desafios

A Wells Fargo observa um equilíbrio entre ameaças e oportunidades no uso de stablecoins, com implicações mais significativas para pagamentos comerciais internacionais do que para pagamentos domésticos. Embora a adoção por consumidores ainda esteja distante, as vantagens são evidentes.

Mastercard já desenvolveu ferramentas baseadas em stablecoins e firmou parcerias com carteiras digitais e exchanges de criptomoedas. Por sua vez, o PayPal lançou o PayPal USD (PYUSD) em 2023, buscando aumentar sua utilização por meio de colaborações com a Coinbase.

Os casos de uso mais evidentes para stablecoins incluem pagamentos entre pessoas, transações B2B e remessas internacionais. Em 2023, a receita global de pagamentos transfronteiriços atingiu aproximadamente R$ 44 trilhões, com R$ 33 trilhões provenientes de pagamentos comerciais.