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31 de mar 2025

Aumento de penas para receptadores de celulares não resolve impunidade no Brasil

Ministério da Justiça propõe aumentar penas para receptadores de celulares, mas eficácia depende de investigações policiais mais eficientes.

Foto:Reprodução

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O Brasil enfrenta um grave problema de roubos de celulares, com uma média alarmante de 107 aparelhos furtados ou roubados a cada hora, totalizando quase 1 milhão ao longo do ano, conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O impacto vai além do valor material, pois muitos usuários enfrentam perdas de informações sensíveis e, em casos extremos, até violência física. O Ministério da Justiça está propondo um Projeto de Lei que visa aumentar as penas para receptadores de celulares, elevando a pena máxima de seis para doze anos e a mínima de três para quatro anos, além de facilitar a realização de flagrantes.

Embora o endurecimento das penas possa servir como um fator dissuasório, a impunidade continua sendo o principal incentivo para os crimes. A taxa de resolução de roubos no Brasil é extremamente baixa, com menos de 10% dos casos sendo esclarecidos, em comparação com a eficiência da polícia nos Estados Unidos, que é pelo menos três vezes superior. A pesquisa "Onde Mora a Impunidade?", do Instituto Sou da Paz, revela que a polícia brasileira esclarece apenas 35% dos homicídios, enquanto na Europa esse índice chega a 92%.

As diferenças de desempenho entre as polícias civis dos estados brasileiros são notáveis. Por exemplo, no Sudeste, a polícia do Espírito Santo esclarece 52% dos homicídios, enquanto a do Rio de Janeiro apenas 23%. No Nordeste, a Paraíba apresenta um índice de 42%, em contraste com os 15% da Bahia. Essas variações indicam que a gestão dos governadores influencia diretamente a eficácia das forças policiais, refletindo a necessidade de uma abordagem mais robusta e eficiente.

Os celulares roubados possuem um identificador único, o IMEI, que pode ser rastreado pelas operadoras de telefonia. A polícia tem a capacidade de localizar revendas ilegais e consumidores, como demonstrado em uma operação bem-sucedida no Piauí. Apesar das dificuldades, a investigação de quadrilhas que contrabandeiam aparelhos é viável. Portanto, para que o endurecimento das leis tenha efeito, é crucial que a Polícia Civil seja mais eficiente em suas investigações, permitindo que o Brasil enfrente de forma eficaz essa calamidade.

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