09 de mai 2025
Cresce percentual de brasileiros que não veem mudanças climáticas como problema urgente
Cresce o negacionismo sobre mudanças climáticas no Brasil, mas 53% da população vê risco imediato. A urgência da ação é clara.
Foto:Reprodução
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Uma pesquisa do Datafolha, divulgada na semana passada, revelou que 53% dos brasileiros consideram as mudanças climáticas um risco imediato. Em contrapartida, 9% acreditam que não representam um problema. O aumento no percentual de negacionistas, que passou de 5% em meados de 2024 para 9% agora, levanta questões sobre a percepção pública.
A pesquisa mostra que 35% dos entrevistados acreditam que as mudanças climáticas afetarão as futuras gerações. Assim, quase 90% da população reconhece a importância do tema. Esses dados estão alinhados com uma sondagem da Ipsos, que indicou que 64% das pessoas em 32 países acreditam que ações devem ser tomadas para combater a mudança climática.
Contexto Global
Uma pesquisa global publicada na revista Nature Climate Change revelou que 69% da população mundial estaria disposta a contribuir com 1% de sua renda para medidas de adaptação e mitigação das mudanças climáticas. Isso demonstra um consenso crescente sobre a necessidade de ações sustentáveis.
Desde o Acordo de Paris, celebrado em 2015, a mudança climática ganhou maior reconhecimento na agenda econômica. O Prêmio Nobel de Economia de 2018, concedido a William Nordhaus, destacou a importância de integrar a mudança climática na análise macroeconômica. O conceito de Custo Social do Carbono (CSC) quantifica os impactos negativos das emissões de gases de efeito estufa.
Estudos recentes estimam que o CSC varia entre US$ 200 e US$ 300 por tonelada de gás emitido. Embora esse conceito esteja sendo incorporado em políticas públicas em vários países, no Brasil, sua aplicação ainda é incipiente. É necessário considerar o CSC na tributação de combustíveis fósseis e na regulação de atividades que geram emissões.
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