Casarão histórico na Lapa enfrenta abandono e ocupação irregular em meio à violência

O casarão localizado na Rua Mem de Sá, 17, na Lapa, enfrenta um estado de abandonado e degradado. O imóvel, que já foi a famosa boate Asa Branca, agora apresenta sinais de ocupação irregular e uma determinação judicial para reintegração de posse. A boate, que fez parte da alta sociedade carioca até seu fechamento nos anos 2010, é de propriedade da família Recarey, que ainda não definiu o futuro do espaço.

A estrutura, que reflete a rica história da região, está deteriorada, com portas fechadas, janelas sem vidro e pichações. O local, que atrai muitos turistas devido à sua proximidade com pontos icônicos como os Arcos da Lapa e a Escadaria Selarón, se tornou um "campo minado", segundo comerciantes da área. Um morador comentou sobre a presença de um grupo de homens que vigia a entrada do imóvel, enquanto outros relatos indicam que o interior já foi utilizado como depósito clandestino.

Situação Atual

A família Recarey encomendou um estudo de viabilidade econômica para o imóvel, mas a decisão sobre o futuro do casarão ainda não foi tomada. Chico Recarey Filho mencionou que a área enfrenta problemas de violência, o que complica a situação. A presença de uma base do Segurança Presente e do Quartel General da Polícia Militar, a apenas 280 metros, não tem sido suficiente para garantir a segurança no entorno.

Além do casarão, outro imóvel da família, onde funcionava a tradicional Pizzaria Guanabara, também está em estado de abandono, agora ocupado por um depósito de bebidas. A Asa Branca, inaugurada em 1983, era um símbolo da boemia carioca, com mais de duzentos funcionários e uma orquestra própria, atraindo a elite do Rio de Janeiro. O futuro do casarão na Lapa permanece incerto, refletindo a transformação e os desafios enfrentados pela região.