Cresce a violência em São Paulo e moradores buscam soluções para a insegurança

A zona leste de São Paulo enfrenta um aumento alarmante na violência, com crescimento de 48% nos roubos no Sítio da Figueira e 55% na Vila Alpina no primeiro trimestre de 2025. A nutricionista Catarina Silvério, de 27 anos, é uma das vítimas, tendo sofrido cinco assaltos em pouco mais de um ano. Os criminosos, geralmente em motos, a ameaçaram com armas e levaram seus pertences, incluindo celulares e dinheiro.

Catarina relata que os assaltos a deixaram tão traumatizada que decidiu se mudar para São Caetano, a cerca de cinco quilômetros da casa da mãe. “Foi difícil, mas eu decidi sair porque eu entrava em pânico”, afirma. A insegurança na região levou sua mãe, Magda Miyashiro, de 58 anos, a organizar reuniões com a polícia para solicitar mais policiamento e instalação de câmeras de monitoramento.

O 42º Distrito Policial, que abrange o Sítio da Figueira, registrou 212 ocorrências de roubo entre janeiro e março de 2025. Apesar da queda geral nos roubos na capital paulista, 25 dos 94 distritos tiveram aumento nos registros. A situação é crítica, com relatos de assaltos em locais que antes eram considerados seguros.

Na rua Guaiana-Timbó, por exemplo, cinco roubos a mão armada ocorreram em um mês. Os criminosos atraem as vítimas com anúncios de venda na internet, mas aparecem armados no local combinado. A sensação de insegurança é palpável, e muitos moradores, como a manicure de 31 anos, afirmam que a tranquilidade da região foi perdida.

O distrito de Pinheiros, na zona oeste, lidera os registros de roubos, com 905 casos no primeiro trimestre de 2025. A maioria dos assaltos tem como alvo pedestres e motoristas, com celulares e joias sendo os itens mais visados. A instalação de câmeras de vigilância, embora presente, não tem sido eficaz na prevenção dos crimes.