23 de jun 2025
Anac confirma que piloto de balão não tinha licença para voos comerciais no Brasil
Acidente com balão em Santa Catarina provoca morte de oito pessoas e acende debate sobre a regulamentação do balonismo no Brasil.

Tragédia em SC: imagem por outro ângulo mostra queda do balão com turistas pulando (Foto: Reprodução)
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Um balão pegou fogo em Praia Grande, Santa Catarina, no último sábado, resultando na morte de oito pessoas e ferimentos em 13. O piloto, Elves de Bem Crescêncio, não possuía licença para voos comerciais, conforme informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A Anac destacou que Crescêncio não tinha a Licença de Piloto de Balão Livre (PBL), necessária para operar balões, mesmo em atividades recreativas. O piloto tinha apenas um Certificado Médico Aeronáutico válido até julho de 2026. O acidente ocorreu devido a uma falha no maçarico reserva, que causou o incêndio no cesto do balão.
Regulamentação do Balonismo
Atualmente, não existem balões certificados para operações comerciais no Brasil. A Anac esclareceu que a prática de balonismo é considerada de alto risco e deve ser realizada por conta e risco dos participantes. A agência também enfatizou que os passageiros devem estar cientes dos riscos envolvidos.
A empresa responsável pelo voo, Sobrevoar Serviços Turísticos, afirmou que cumpre todas as normas da Anac. Após o acidente, a empresa decidiu suspender suas atividades. Crescêncio, que alegou ter 700 horas de voo, não retornou os contatos da imprensa.
Investigação e Consequências
A tragédia em Praia Grande levanta questões sobre a falta de regulamentação no balonismo no Brasil. O governo federal anunciou que irá elaborar uma regulamentação específica para a atividade, visando garantir a segurança dos passageiros. A Anac já havia se reunido com representantes do setor turístico para discutir o potencial do balonismo na região.
Além do acidente em Santa Catarina, outro incidente em Boituva, São Paulo, resultou na morte de uma mulher e ferimentos em 11 pessoas. Esses eventos ressaltam a urgência de uma abordagem mais rigorosa em relação à segurança e regulamentação do balonismo no país.




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