Mais de 30 mortos em asilo após enchentes devastadoras em Pequim

Inundações em Beijing resultam em tragédia e revelam falhas no planejamento de emergência

Inundações em Beijing causaram a morte de 31 residentes de um lar de idosos na última semana, elevando o total de vítimas para 44 na região. O incidente ocorreu no distrito de Miyun, onde equipes de emergência enfrentaram águas que chegaram a quase 2 metros de altura.

O lar, que abriga principalmente idosos com deficiência severa e de baixa renda, tinha 77 residentes no momento da inundação. Aproximadamente 40 deles ficaram presos, e muitos eram incapazes de se mover. Autoridades locais reconheceram que houve "falhas no planejamento de emergência", considerando o evento um "alerta doloroso" sobre a necessidade de melhorias.

As inundações em Beijing fazem parte de um padrão de clima extremo que afeta a China neste verão. Recordes de calor foram registrados em várias regiões, enquanto o sudoeste do país também enfrentou inundações severas. Na província de Hebei, 16 pessoas perderam a vida devido a chuvas intensas, com oito mortes confirmadas na cidade de Chengde, onde 18 ainda estão desaparecidas.

Desastres naturais têm se tornado cada vez mais frequentes na China, com perdas estimadas em 54,11 bilhões de yuan (aproximadamente 7,5 bilhões de dólares) apenas no primeiro semestre de 2023. As inundações foram responsáveis por mais de 90% desses danos, destacando a vulnerabilidade do setor agrícola do país, avaliado em trilhões de dólares.

As autoridades afirmaram que a área onde o lar de idosos está localizado foi considerada segura por muito tempo, o que levou à sua exclusão dos planos de evacuação. Essa situação evidencia a necessidade urgente de revisar as estratégias de resposta a desastres, especialmente em um contexto de mudanças climáticas que intensificam eventos meteorológicos extremos.