05 de ago 2025
Mitos e verdades sobre picadas e mordidas venenosas: saiba como agir corretamente
Guzmán López ilustra a segurança em casos de mordidas de serpentes, que raramente exigem tratamento intensivo na Espanha

Uma víbora hocicuda ('Vipera latasti') reptando sobre uma roca musgosa. (Foto: Reprodução)
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Guzmán López, um jovem de 28 anos de Burgos, sobreviveu a uma mordida de víbora em agosto de 2023, destacando a importância de não tentar chupar o veneno ou usar torniquetes. O incidente ocorreu enquanto ele descansava em um parque, onde a víbora o atacou. Após a mordida, Guzmán correu para o hospital, onde os médicos confirmaram que ele havia sido mordido por uma espécie não letal, a hocicuda (Vipera latastei).
Dados do Instituto de Informação Sanitaria indicam que entre 1997 e 2020, ocorreram 560 mordidas de serpentes na Espanha, com apenas uma fatalidade, que não envolveu uma espécie nativa. A maioria das mordidas é considerada "seca", ou seja, não injetam veneno, e muitas vezes os afetados não apresentam sintomas. Fernando Martínez Freiría, herpetólogo, explica que os meses de verão são os mais propensos a esses encontros, não pela atividade das serpentes, mas pela maior presença humana ao ar livre.
Embora as mordidas de serpentes sejam raras, a maioria não requer tratamento intensivo. O Ministério da Saúde alerta que, em muitos casos, os sintomas incluem dor e inchaço localizados, que desaparecem com o tempo. Fernando Cortés-Fossati, pesquisador da Universidade Rey Juan Carlos, ressalta que apenas 1,23 casos de mordidas ocorrem a cada milhão de habitantes.
Em caso de mordida, a recomendação é manter a calma e buscar atendimento médico, evitando ações como chupar o veneno ou aplicar torniquetes, que podem agravar a situação. A convivência com animais venenosos, como escorpiões e aranhas, também é considerada segura, com poucos casos de picadas registradas e nenhuma fatalidade nos últimos anos.
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