- Um autor comprou uma escultura de Cristo, baseada em um modelo original de Michelangelo, em um leilão online na Espanha.
- Devido aos custos elevados de envio, o autor decidiu viajar para Madrid para buscar a escultura pessoalmente.
- A escultura, datada de cerca de 1600, era um molde baseado em um modelo original de Michelangelo.
- Para transportar a escultura da Espanha para a Escócia, o autor optou por viajar pessoalmente, evitando as altas taxas de envio.
- A viagem para Madrid foi uma experiência enriquecedora, com a cidade oferecendo uma atmosfera artística e cultural vibrante.
Adquirindo uma Relíquia de Michelangelo
Durante as férias de verão, um autor adquiriu uma escultura de Cristo, baseada em um modelo original de Michelangelo, em um leilão online na Espanha. O custo do envio era proibitivo, então decidiu viajar para Madrid para buscar a escultura pessoalmente, levando-a consigo em um voo da Easyjet de volta para a Escócia.
Uma Descoberta Inesperada
O autor notou uma pequena cruz em um leilão online em Madrid. Datada de cerca de 1600, a peça estava danificada e com uma estimativa baixa. Apesar de ser ignorante sobre escultura, algo nela brilhava. A peça era um molde baseado em um modelo original de Michelangelo, trazido de Roma para Sevilha em 1599. A partir daí, foi muito reproduzida, principalmente em bronze e prata, tornando-se um objeto popular de devoção.
A Decisão de Comprar
O autor não acreditava que a cruz fosse de Michelangelo, pois o modelo original, provavelmente de cera ou argila, não sobreviveu. A peça em questão era de chumbo e faltava a maior parte de sua decoração policromada. Mas o autor sempre se interessou pela atribuição de esculturas em comparação com pinturas. A cópia de uma pintura de Michelangelo pode replicar sua composição original, mas não o toque pessoal valorizado em uma pintura “autografada”. Com esculturas, um bom molde do modelo de um artista pode aproximar-se muito de sua técnica e ideia original.
O Desafio do Transporte
Obter a cruz da Espanha para a Escócia era outra questão. Qualquer obra de arte espanhola com mais de 100 anos requer uma licença de exportação. Além disso, havia algumas cotações de envio assustadoras (graças ao Brexit). O autor descobriu que seria mais barato ir buscar a cruz pessoalmente, mas, quando a licença de exportação foi aprovada, já era julho. Então, teve que convencer sua esposa e filha de que, naquele ano, deveriam tirar férias em Madrid.
Uma Viagem Inesquecível
Madrid é uma cidade excelente para visitar. A comida é incrível, as pessoas são muito agradáveis e há muita arte. O autor recomenda se juntar aos Amigos do Prado antes de visitar; entrar pela entrada “Amigos” do museu, evitando a longa fila principal, rende bons pontos de pai.
O Voo de Volta
No aeroporto, para o voo de volta, a família observou a “cruz”, embalada em uma caixa de tupperware especialmente selecionada, passar pela máquina de raios-X. Na tela, entre iPads e roupas, apareceu seu Cristo crucificado. Era uma massa negra sólida (e o autor tomou isso como uma confirmação técnica de que era feita de chumbo). Surpreendentemente, não despertou o interesse do guarda de segurança. Na Espanha, carregar uma cruz ainda é perfeitamente normal.
Considerações Finais
A jornada do autor para adquirir e transportar a escultura destaca não apenas a paixão por arte, mas também a logística e os desafios envolvidos em trazer uma peça histórica para casa. A história serve como um lembrete da riqueza cultural e histórica que ainda pode ser descoberta e apreciada.