- O Mar da Galileia apresentou uma coloração vermelha intensa em 8 de agosto de 2025, devido à proliferação da microalga Botryococcus braunii.
- O fenômeno gerou reações nas redes sociais, com comparações a passagens bíblicas, como a primeira das Dez Pragas do Egito.
- Especialistas afirmam que a mudança de cor não representa riscos à saúde e é causada por um pigmento natural produzido pela alga em condições de alta radiação solar e temperaturas elevadas.
- O evento não é inédito, já tendo ocorrido em anos anteriores, especialmente durante os meses quentes, e a água continua própria para banho e uso humano.
- As autoridades locais monitoram a qualidade da água e a biodiversidade do lago, que é vital para abastecimento, pesca e turismo.
Um fenômeno raro ocorreu no Mar da Galileia, nesta sexta-feira, 8, quando suas águas se tornaram vermelhas intensas devido à proliferação da microalga Botryococcus braunii. O evento gerou reações nas redes sociais, evocando comparações com passagens bíblicas, especialmente a primeira das Dez Pragas do Egito, descrita no Livro do Êxodo.
Imagens do lago viralizaram, com comentários que variavam de brincadeiras a interpretações alarmistas. Um usuário no X (antigo Twitter) afirmou que isso seria um “sinal da ira de Deus”. Apesar da aparência inusitada, especialistas garantem que não há riscos à saúde. O Ministério da Água de Israel informou que a mudança de cor é resultado da produção de um pigmento natural pela alga, que ocorre em condições de intensa radiação solar e altas temperaturas.
Contexto Ecológico
Esse fenômeno não é inédito. O Mar da Galileia já passou por eventos semelhantes em anos anteriores, especialmente durante os meses quentes, que coincidem com o aumento do turismo na região. O pigmento gerado pelas algas não é tóxico, e testes realizados pelo Laboratório de Pesquisa Kinneret confirmaram que a água continua própria para banho e uso humano.
O Mar da Galileia, considerado sagrado por judeus, cristãos e muçulmanos, é um local de grande importância espiritual. Para os cristãos, o lago é associado a milagres de Jesus, como andar sobre as águas e a multiplicação dos pães e peixes. Essa carga simbólica intensifica a repercussão de fenômenos naturais, levando a interpretações que os conectam a narrativas religiosas.
Comparações Históricas
O evento atual também gerou comparações com outras ocorrências de águas vermelhas na região, como o episódio de 2021 próximo ao Mar Morto. Embora a explicação para a coloração atual seja ecológica, é comum que esses fenômenos sejam associados a eventos bíblicos. Estudos sobre a travessia do Mar Vermelho por Moisés sugerem explicações naturais para esse relato, como ventos fortes que poderiam ter criado um corredor seco.
As autoridades locais continuam monitorando a qualidade da água e a biodiversidade do lago, um recurso vital para abastecimento, pesca e turismo. Espera-se que a coloração se dissipe conforme as condições ambientais mudem. O Mar da Galileia vermelho-sangue de 2025 destaca a intersecção entre ciência e fé, refletindo como fenômenos naturais podem dialogar com a história sagrada.