CotidianoMeio Ambiente

17 de ago 2025

Ar-condicionado se torna essencial no verão europeu após ondas de calor intensas

A demanda por ar condicionado na Europa cresce em meio a ondas de calor, desafiando a infraestrutura elétrica e exigindo soluções sustentáveis

As compras de ar-condicionado residencial dobraram na Europa desde 2010 (Foto: Eurostat)

As compras de ar-condicionado residencial dobraram na Europa desde 2010 (Foto: Eurostat)

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Enquanto a Europa enfrenta um verão de temperaturas recordes, a demanda por ar-condicionado cresce exponencialmente. O que antes era considerado um luxo, agora se torna uma necessidade em diversas regiões do continente, refletindo a nova realidade climática. Desde 2010, as vendas de sistemas de resfriamento dobraram, com países tradicionalmente frios, como a Escandinávia, adotando cada vez mais essa tecnologia.

A cidade de Bordeaux, na França, registrou 41,6°C recentemente, forçando até mesmo propriedades históricas, como o Château Monbrison, a instalar unidades de ar-condicionado discretas. A tendência se espalha por toda a Europa, com a França superando Itália e Espanha como o mercado de ar-condicionado que mais cresce. A penetração de sistemas de resfriamento em lares franceses aumentou de 14% em 2016 para 25% em 2020, com previsões de que metade das residências tenha ar-condicionado até 2035.

Desafios Energéticos

O aumento da demanda por ar-condicionado traz desafios significativos para as redes elétricas, muitas das quais não foram projetadas para climas extremos. Durante ondas de calor, a pressão sobre a eletricidade aumenta, levando a apagões em várias regiões, como ocorreu na Itália em junho. A Agência Internacional de Energia aponta que o resfriamento já representa 10% do consumo de eletricidade em edifícios, e essa participação deve crescer.

Os governos europeus estão cientes do risco que isso representa para a estabilidade das redes. A Áustria, por exemplo, menciona explicitamente a demanda crescente por refrigeração em seu plano nacional de energia. A França também expressou preocupações sobre picos de consumo durante o verão, destacando a necessidade de um equilíbrio entre conforto e sustentabilidade.

Mudanças Culturais

Historicamente, a resistência ao ar-condicionado na Europa está ligada a questões estéticas e ambientais. No entanto, a percepção está mudando, especialmente entre as gerações mais jovens. A necessidade de um ambiente de trabalho confortável em climas quentes está levando a uma aceitação crescente do ar-condicionado. Empresas como a Daikin estão desenvolvendo produtos mais sustentáveis e silenciosos para atender a essa nova demanda.

A adaptação às novas condições climáticas não se limita apenas à tecnologia, mas também envolve desafios logísticos. Muitas casas antigas, projetadas para reter calor, enfrentam dificuldades em se adaptar a verões mais longos e quentes. A falta de reformas significativas em edifícios antigos complica ainda mais a situação, especialmente em áreas urbanas densas.

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