CotidianoMeio Ambiente

17 de ago 2025

Casa de Vidro apresenta exposição de Ana Maria Tavares sobre Lina Bo Bardi

Exposição de Ana Maria Tavares na Casa de Vidro provoca reflexão sobre a relação do Brasil com sua memória ambiental e social

Ana Maria Tavares entre as obras 'Paisagens Perdidas' e 'Nióbio Rio Negro' que estão na Casa de Vidro. (Foto: Colagem de Thais Barroco sobre fotos de Caio Ciuccio)

Ana Maria Tavares entre as obras 'Paisagens Perdidas' e 'Nióbio Rio Negro' que estão na Casa de Vidro. (Foto: Colagem de Thais Barroco sobre fotos de Caio Ciuccio)

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Entre vidro, luz e natureza, a Casa de Vidro, projetada por Lina Bo Bardi em 1951, abre suas portas para a exposição "Paisagens Perdidas para Lina Bo Bardi", de Ana Maria Tavares. A mostra, que começa hoje, propõe um diálogo entre arte, arquitetura e natureza, explorando a memória ambiental e social do Brasil por meio de obras interativas.

Ana Maria Tavares, conhecida por sua produção intelectual e formalmente complexa, utiliza o espaço da Casa de Vidro como um elemento ativo na construção de sua obra. A artista destaca que a arquitetura sempre foi uma fonte de questionamentos sobre a vida e a sociedade. Sua trajetória, marcada pela vivência entre Minas Gerais e Brasília, reflete a utopia do Brasil em construção, contrastando a modernidade com a realidade social do país.

Reflexão sobre a Paisagem

A exposição não apenas celebra a natureza, mas também questiona como ela é percebida e frequentemente degradada. Tavares menciona que a "paisagem perdida" do título refere-se tanto à natureza devastada quanto à utopia modernista que prometia harmonia com o meio ambiente. As obras, incluindo as chamadas "vitrines", criam uma tensão entre transparência e opacidade, convidando o público a uma experiência imersiva.

A escolha da Casa de Vidro como cenário é significativa. O espaço, que dissolve os limites entre interior e exterior, dialoga diretamente com o trabalho de Tavares. A artista busca criar fricções que exigem do público um envolvimento físico e intelectual, promovendo uma reflexão política e cultural sobre a relação do Brasil com sua memória ambiental.

Materiais e Significados

Entre as obras, destacam-se estruturas que incorporam materiais preciosos, como vitórias-régias em nióbio e ouro, simbolizando recursos naturais que estão sendo perdidos. Tavares conecta sua pesquisa estética à consciência ambiental, ressaltando que sua obra busca respostas para a utopia do projeto moderno, enquanto questiona as desigualdades do Brasil.

A exposição "Paisagens Perdidas para Lina Bo Bardi" exige tempo e atenção do público. Tavares afirma que suas vitrines não se entregam de imediato, necessitando de um olhar que queira ver e de um corpo que se mova. A artista, ao transitar entre referências à arquitetura modernista e ao paisagismo, constrói um campo de reflexão sobre como o Brasil molda seu território, físico e simbólico.

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