18 de ago 2025
Sánchez solicita pacto climático enquanto incêndios atingem Espanha e Portugal
Pedro Sánchez propõe pacto nacional para enfrentar incêndios florestais e mobiliza 1.400 militares em resposta à crise climática urgente

Um brigadista florestal utiliza uma mangueira para apagar as chamas em Ribadavia, Ourense, Galícia, Espanha – 18 de agosto (Foto: Getty/Getty Images)
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O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou neste domingo (17) a proposta de um pacto nacional para enfrentar a emergência climática, em resposta aos incêndios florestais que devastam várias regiões do país. Durante discurso em Orense, na Galícia, uma das áreas mais afetadas, ele destacou a gravidade da crise climática, que se intensifica com ondas de calor extremas e ventos fortes.
Sánchez enfatizou a necessidade de unir esforços entre diferentes esferas de governo, deixando de lado as disputas partidárias. O pacto, segundo ele, deve ser fundamentado na ciência e focar na mitigação e adaptação à crise climática. O primeiro-ministro também anunciou a mobilização de 1.400 militares para combater os incêndios, além de outros 2.000 em missões de apoio e 450 equipamentos de combate às chamas.
Situação Crítica
As temperaturas em algumas localidades chegaram a 44 °C, e quase todo o território espanhol esteve em alerta máximo para incêndios. Milhares de pessoas foram evacuadas devido à gravidade da situação. A tragédia, no entanto, gerou disputas políticas, especialmente nas regiões mais afetadas, como Galícia e Castela e Leão, governadas pelo Partido Popular e Vox, que frequentemente questionam a ciência do clima.
Sánchez também agradeceu a ajuda de países como França, Itália, Alemanha, Eslováquia e Holanda, classificando a operação como um dos maiores esforços da história do mecanismo europeu de proteção civil. Ele prometeu apresentar um plano no próximo mês para reforçar a coordenação nacional em desastres climáticos, preparando o país para eventos extremos cada vez mais frequentes.
Tendências na Europa
Os incêndios na Espanha refletem uma tendência mais ampla na Europa, que se aquece mais rapidamente que o resto do mundo. Desde 1990, as temperaturas médias no continente aumentaram quase o dobro da média global, segundo a Organização Meteorológica Mundial. Esse aquecimento tem intensificado eventos climáticos extremos, como secas e tempestades, afetando especialmente países do sul da Europa, como Espanha, Portugal e Itália. A combinação de altas temperaturas, seca prolongada e ventos fortes cria condições ideais para incêndios, que se tornam mais intensos a cada verão.
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