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Cúpula da Amazônia revela avanços limitados em proteção ambiental

Líderes da Amazônia enfrentam aumento da deforestação e resistências em cúpula, enquanto Brasil propõe fundo de proteção florestal de $125 bilhões

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Vice-presidente do Equador, María José Pinto, presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e presidente da Colômbia, Gustavo Petro, conversam durante a cúpula da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica em Bogotá (Foto: Reprodução)
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  • Na última cúpula da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (ACTO), realizada em Bogotá, os líderes de oito países da Amazônia não conseguiram um acordo sobre a meta de desmatamento zero.
  • O Brasil apresentou um fundo de proteção florestal de 125 bilhões de dólares, que ainda precisa de apoio unânime dos países da ACTO.
  • A deforestação aumentou em 50% na Colômbia e atingiu níveis recordes na Bolívia, enquanto o Brasil registrou uma redução de 17% na taxa de desmatamento.
  • O presidente colombiano, Gustavo Petro, e ativistas indígenas pediram um compromisso para banir a produção de combustíveis fósseis na Amazônia, proposta que foi rejeitada por alguns países, incluindo o Brasil.
  • A ACTO anunciou a criação de uma nova estação de polícia em Manaus para combater o crime organizado na região e destacou a necessidade urgente de ações eficazes para proteger a Amazônia.

Líderes da Amazônia se reúnem em cúpula sem consenso sobre desmatamento

Na última cúpula da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (ACTO), realizada em Bogotá, os líderes de oito países da Amazônia não conseguiram chegar a um acordo sobre a meta de desmatamento zero. O encontro, que ocorreu na sexta-feira, 29 de agosto, foi marcado pela crescente preocupação com a deforestação na região, que aumentou em países como Colômbia e Bolívia.

O Brasil, que abriga cerca de 60% da floresta amazônica, apresentou um fundo de proteção florestal de 125 bilhões de dólares. O objetivo é financiar a preservação das florestas tropicais, mas a proposta ainda precisa de apoio unânime dos países da ACTO. Durante a cúpula, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância de um compromisso coletivo, mas a resistência de nações como Bolívia e Suriname impediu um consenso.

Aumento da desmatamento

Dados recentes indicam que a deforestação na Colômbia aumentou em 50% em 2024 em comparação ao ano anterior, enquanto a Bolívia registrou níveis recordes de desmatamento. Especialistas atribuem essa situação à instabilidade política e à falta de prioridade na proteção ambiental por parte dos governos locais. Em contraste, o Brasil viu uma redução de 17% na taxa de desmatamento em 2024.

Na cúpula, o presidente colombiano Gustavo Petro e ativistas indígenas pediram um compromisso para banir a produção de combustíveis fósseis na Amazônia, mas essa proposta foi rejeitada por alguns países, incluindo o Brasil. O país está avançando com planos de expansão da produção de petróleo, o que gera preocupações entre os defensores do meio ambiente.

Avanços e desafios

Apesar das dificuldades, a ACTO anunciou a criação de uma nova estação de polícia para cooperação internacional em Manaus, que visa combater o crime organizado na região. Além disso, a proposta do fundo de proteção florestal inclui um papel ampliado para os povos indígenas na governança e exige que os países mantenham a deforestação abaixo de certos níveis para receber os pagamentos.

A cúpula evidenciou a necessidade urgente de ações mais eficazes para proteger a Amazônia, com cientistas alertando que a floresta pode atingir um ponto de não retorno se a destruição continuar. A pressão por um compromisso mais firme e ações concretas se intensifica à medida que o mundo se aproxima da próxima cúpula climática da ONU, a COP30, que o Brasil sediará em novembro.

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