- A Amazônia enfrenta pressão crescente para exploração de petróleo e gás, com interesses extrativistas se intensificando na região.
- ONGs e povos indígenas pedem a inclusão de uma Amazônia livre de combustíveis fósseis na Conferência do Clima da ONU (COP30).
- O pedido, assinado por cerca de cinquenta organizações, destaca a urgência de proteger a floresta e suas comunidades.
- A coordenadora de Políticas Públicas do Observatório do Clima, Suely Araújo, afirma que decisões imediatas são necessárias para tornar a ideia viável.
- O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defende a exploração de petróleo como forma de enriquecer o país, enquanto o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) resiste em conceder licenças devido a riscos ambientais.
A Amazônia enfrenta uma crescente pressão de exploração de petróleo e gás, com interesses extrativistas se intensificando na região. Recentemente, ONGs e povos indígenas solicitaram a inclusão de uma Amazônia livre de combustíveis fósseis na próxima Conferência do Clima da ONU (COP30). O pedido, assinado por cerca de 50 organizações, destaca a urgência de proteger a floresta e suas comunidades.
Durante a reunião da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), as entidades enfatizaram que a Amazônia é vital para o equilíbrio climático global e está sob ataque de interesses extrativistas. A coordenadora de Políticas Públicas do Observatório do Clima, Suely Araújo, afirmou que, embora a ideia de uma Amazônia sem petróleo pareça distante, é possível se decisões imediatas forem tomadas. Ela ressaltou que a exploração de petróleo não resolve os problemas sociais nas regiões afetadas.
O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defende a exploração de petróleo como um meio de enriquecer o país e financiar a transição energética. A Petrobras, por exemplo, está envolvida em um polêmico projeto de exploração em águas profundas próximas à foz do rio Amazonas, uma área considerada de extrema sensibilidade ambiental. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) resiste em conceder a licença ambiental devido aos riscos associados.
Araújo criticou as licitações para exploração de petróleo, afirmando que a exploração traz dinheiro, mas não distribuição de renda. Ela destacou que a experiência do Brasil como um dos maiores produtores de petróleo do mundo não resolveu os problemas sociais nas áreas de exploração. Para a COP30, Araújo acredita que o debate sobre uma Amazônia livre de combustíveis fósseis deve ser decidido pelos países amazônicos, mas que a conferência pode ser um passo relevante nesse processo.
O III Fórum Latino-Americano de Economia Verde, que ocorrerá em São Paulo, abordará a transição energética e a descarbonização, reunindo autoridades e especialistas para discutir a crise climática.