- Em agosto, os cortes na geração de energia eólica e solar no Brasil chegaram a 26,4%, segundo dados do Itaú BBA e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
- Esse percentual representa um aumento de 85% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
- As usinas solares foram as mais afetadas, com uma redução de 37,9% na produção, enquanto as eólicas tiveram cortes de 23,4%.
- O fenômeno conhecido como curtailment (interrupção da produção) ocorreu devido à necessidade de ajustar a geração à demanda em tempo real, especialmente no Dia dos Pais, quando os cortes chegaram a 93% entre 11h e 14h.
- A alta geração de energia solar forçou o ONS a reduzir a produção de hidrelétricas e termelétricas, resultando em um corte de 98,5% do potencial de geração de energia eólica e solar centralizada.
Os cortes de geração de energia eólica e solar no Brasil atingiram 26,4% em agosto, conforme dados do Itaú BBA e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Esse percentual representa um aumento de 85% em relação ao mesmo mês do ano anterior. As usinas solares foram as mais impactadas, com uma redução de 37,9% na produção, enquanto as eólicas enfrentaram cortes de 23,4%.
Estresse Operacional
O fenômeno conhecido como *curtailment* tem se tornado uma preocupação crescente no setor elétrico. Isso ocorre quando o ONS precisa ajustar a geração de energia para que corresponda à demanda em tempo real, levando à interrupção da produção em fontes renováveis. A falta de infraestrutura adequada para transmissão de energia também contribui para essa situação. Em agosto, a geração excessiva de energia durante o Dia dos Pais, em 10 de agosto, resultou em um estresse operacional significativo, especialmente entre 11h e 14h, quando os cortes chegaram a 93%.
Impactos no Setor
O relatório do ONS indica que a alta geração de energia solar em telhados forçou o operador a reduzir a produção de hidrelétricas e termelétricas, resultando em um corte de 98,5% do potencial de geração de energia eólica e solar centralizada. Esse cenário tem gerado frustração entre empresas que investiram em energias renováveis, pois não conseguem manter a produção devido a essas interrupções. A situação evidencia a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura de transmissão e na gestão da oferta e demanda de energia no Brasil.