- A vindima de inverno de 2025 no Brasil apresenta desafios climáticos, afetando principalmente São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
- A safra será menor, com previsão de produção de 1,1 milhão de garrafas entre as 51 cidades associadas à Associação Nacional dos Produtores de Vinhos (Anprovin).
- Aline Mabel, diretora técnica da Anprovin, informou que a estiagem prejudicou a floração das videiras, mas a tecnologia aplicada ajudou a melhorar a qualidade das uvas.
- A vinícola Maturano, no Rio de Janeiro, estima perdas de 50% devido a eventos climáticos adversos, enquanto a vinícola Terras Altas, em São Paulo, teve boas condições de maturação, colhendo cerca de 60 toneladas.
- Apesar das dificuldades, vinhos brasileiros continuam a se destacar em concursos internacionais, reforçando a reputação do país no setor.
A vindima de inverno de 2025 trouxe desafios climáticos significativos para os vitivinicultores brasileiros, especialmente em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Apesar de uma safra menor, a qualidade das uvas se destacou, com a expectativa de produção de 1,1 milhão de garrafas entre as 51 cidades associadas à Anprovin.
Aline Mabel, diretora técnica da Anprovin, destacou que a estiagem afetou a floração das videiras, especialmente nas áreas sem irrigação. No entanto, a tecnologia aplicada nos vinhedos permitiu que as uvas atingissem o potencial fenólico desejado. Em São Gonçalo do Sapucaí, a vinícola Barbara Eliodora estima uma redução de 20% na safra em relação a 2024, mas com uma maior concentração de cachos de qualidade superior.
Em São Paulo, as condições climáticas foram favoráveis, resultando em uma boa maturação das uvas. Ricardo Baldo, proprietário da vinícola Terras Altas, afirmou que a intensa época de frio favoreceu a concentração fenólica das uvas. A colheita na região atingiu cerca de 60 toneladas.
Desafios e Inovações
No Rio de Janeiro, a vinícola Maturano enfrenta perdas de 50% devido a eventos climáticos adversos, como uma chuva de granizo que danificou as folhas das videiras. A cofundadora Manuela Maturano prevê uma produção de 35 mil garrafas para 2025, com planos de cultivar novas variedades, como Touriga Nacional e Tempranillo.
Apesar das dificuldades, a safra de 2025 demonstra que o Brasil pode colher menos, mas mantém a qualidade e a tradição vitivinícola. Vinhos como Alvarenga e Isabela têm se destacado em concursos internacionais, reforçando a reputação do país no cenário global.