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Desmatamento avança e ameaça florestas após quatro décadas de exploração intensa

Brasil perdeu 1,17 milhão de km² de vegetação nativa desde 1985, com aumento alarmante no desmatamento a partir de 2015

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Área desmatada para plantio de soja em Itaituba, Pará (Foto: Reprodução)
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  • O Brasil perdeu 1,17 milhão de quilômetros quadrados de vegetação nativa desde mil novecentos e oitenta e cinco, segundo dados do MapBiomas.
  • O desmatamento aumentou a partir de dois mil e quinze, com a Amazônia e o Cerrado sendo os biomas mais afetados.
  • A cada ano, a perda de florestas gera preocupações devido ao impacto no aquecimento global e no ciclo hidrológico.
  • A agropecuária é responsável por quase cinquenta por cento do desmatamento na Amazônia, enquanto no Cerrado a área de pastagens e plantações aumentou de vinte e sete por cento para quarenta e sete por cento.
  • Em dois mil e vinte e quatro, o desmatamento na Amazônia foi de seis mil trezentos quilômetros quadrados e no Cerrado, de oito mil duzentos quilômetros quadrados.

Desmatamento no Brasil: Dados Alarmantes e Impactos Ambientais

Recentes dados do MapBiomas revelam que o Brasil perdeu 1,17 milhão de km² de vegetação nativa desde 1985, com um aumento significativo no desmatamento a partir de 2015, especialmente na Amazônia e no Cerrado. Essa perda representa uma área equivalente à soma da França e da Espanha.

A cada ano, a divulgação dos números de desmatamento gera preocupação. Embora as porcentagens de perda pareçam pequenas em relação ao território total, as consequências são devastadoras. Florestas desempenham papéis cruciais, como a estocagem de carbono, cuja liberação na forma de CO2 contribui para o aquecimento global. Além disso, a destruição das florestas afeta o ciclo hidrológico, aumentando os riscos de erosão e enchentes.

O MapBiomas alerta que, em quatro décadas, o Brasil perdeu 12% de suas áreas úmidas, com o Pantanal sendo um dos mais afetados por secas e incêndios. A agropecuária é apontada como o principal vetor do desmatamento, com quase 50% da perda de vegetação nativa ocorrendo na Amazônia. No Cerrado, a área ocupada por pastagens e plantações saltou de 27% para 47% nesse período.

Tendências de Desmatamento

As duas primeiras décadas da pesquisa mostraram um ritmo intenso de desmatamento, mas a partir de 2004, as taxas começaram a cair, alcançando um mínimo de 5,5 mil km² em 2014. Contudo, a partir de 2015, uma nova tendência de alta foi observada, com 13 mil km² desmatados em 2021. Em 2024, a área desmatada na Amazônia foi de 6,3 mil km².

Para o Cerrado, a série histórica do Prodes começou em 2019, mostrando uma expansão acentuada até 2023, quando 11 mil km² foram destruídos. Em 2024, esse número recuou para 8,2 mil km², mas o bioma continua sendo um dos mais devastados do Brasil.

A poucos meses da COP30, o governo brasileiro apresenta alguns avanços na contenção das emissões de gases do efeito estufa. No entanto, uma análise mais profunda revela que a governança ambiental no país permanece frágil e vulnerável a mudanças políticas.

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