- A Macaronésia, que inclui os arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias, enfrenta uma grave crise ecológica.
- Uma pesquisa recente revelou que metade das aves, 43% dos mamíferos e 28% dos répteis endêmicos da região foram extintos.
- O estudo, liderado por José María Fernández-Palacios, da Universidade de La Laguna, destaca a vulnerabilidade das ilhas.
- A taxa de extinção de vertebrados aumentou mais de 12 mil vezes desde a chegada do Homo sapiens.
- Espécies como a saracura-de-são-jorge e a corujinha-da-madeira estão entre as que desapareceram, evidenciando a necessidade de preservação da biodiversidade local.
A Macaronésia, composta pelos arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias, enfrenta uma grave crise ecológica. Uma pesquisa recente revelou que metade das aves, 43% dos mamíferos e 28% dos répteis endêmicos da região foram extintos, resultado da ação humana desde a colonização no século 15.
O estudo, liderado pelo pesquisador José María Fernández-Palacios, da Universidade de La Laguna, destaca a vulnerabilidade das ilhas. Com um histórico de colonização que começou com os navegadores ibéricos, esses ecossistemas únicos foram severamente impactados. A taxa de extinção de vertebrados aumentou mais de 12 mil vezes desde a chegada do Homo sapiens, comparado a uma extinção a cada 662 mil anos antes desse período.
Entre as espécies que desapareceram estão a saracura-de-são-jorge e a corujinha-da-madeira, além de várias codornas açorianas que nunca foram formalmente descritas. A pesquisa abrange não apenas os Açores e Cabo Verde, mas também a Madeira e as Canárias, ressaltando a importância de preservar a biodiversidade local.
As ilhas da Macaronésia, que já foram vistas como um paraíso, agora enfrentam um futuro incerto. A perda de biodiversidade não é apenas uma questão local, mas um alerta global sobre os impactos da colonização e da exploração humana em ecossistemas frágeis.