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Europa enfrenta dificuldades para estabelecer meta climática antes da COP30

A União Europeia adia definição de metas climáticas a dois meses da COP30, em meio a incêndios florestais e temperaturas recordes

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Floresta em chamas na região de Fontjoncouse, no sudoeste da França, durante onda de calor (Foto: Reprodução)
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  • A União Europeia (UE) não definiu novas metas climáticas a dois meses da Conferência das Partes (COP30).
  • A falta de consenso entre os países-membros é evidenciada por documentos que mostram “espaços em branco” nas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs).
  • O mês de agosto de 2025 registrou temperatura média global de 16,6°C, 1,29°C acima dos níveis pré-industriais, com mais de um milhão de hectares queimados na Europa devido a incêndios florestais.
  • A meta atual da UE é reduzir em 55% as emissões de gases de efeito estufa até 2030, em relação a 1990, com uma nova NDC prevista para 2035.
  • A indefinição nas metas pode dificultar as discussões na COP30, que ocorrerá em Belém, e complicar a transição ecológica no continente.

A União Europeia (UE) enfrenta um impasse na definição de suas novas metas climáticas, a apenas dois meses da COP30. A falta de consenso entre os países-membros é evidenciada por um documento que revela “espaços em branco” nas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs), segundo o jornal The Guardian. Essa indefinição ocorre em um contexto de incêndios florestais devastadores e temperaturas recordes, que ressaltam a urgência da ação climática.

Em agosto de 2025, a temperatura média global alcançou 16,6°C, 1,29°C acima dos níveis pré-industriais, conforme análise do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus. O mês foi marcado pelo terceiro agosto mais quente da história, com mais de um milhão de hectares queimados na Europa, especialmente no sudoeste, onde incêndios florestais se tornaram comuns. A líder climática do Copernicus, Samantha Burgess, destacou a necessidade urgente de reduzir emissões e adaptar-se aos extremos climáticos.

A atual meta da UE visa uma redução de 55% nas emissões de gases de efeito estufa até 2030, em relação aos níveis de 1990. A nova NDC, esperada para 2035, deveria projetar emissões líquidas zeradas até 2050. No entanto, a definição de metas está sendo adiada, com países como a França defendendo que os objetivos sejam estabelecidos separadamente, o que poderia comprometer a ambição das metas climáticas.

A situação é preocupante, pois apenas 29 dos 197 países que fazem parte da convenção do clima da ONU já apresentaram suas metas. A falta de um acordo na UE pode dificultar as discussões na COP30, que ocorrerá em Belém, e complicar a transição ecológica no continente. A pressão por um pacto climático, como proposto pelo primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, não encontrou eco nas negociações, evidenciando a fragilidade do consenso europeu em um momento crítico para o futuro do planeta.

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