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Genética impulsiona a diversificação das borboletas em novos habitats

Estudo revela que borboletas Melinaea e Mechanitis diversificaram em menos de 2 milhões de anos, desafiando teorias de especiação lenta

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • Pesquisadores descobriram que as borboletas dos gêneros Melinaea e Mechanitis diversificaram-se rapidamente em menos de 2 milhões de anos.
  • O estudo, coordenado pela evolucionista Joana Meier, foi publicado na revista PNAS.
  • A diversificação ocorreu principalmente por rearranjos cromossômicos, como fissões e fusões.
  • A cordilheira dos Andes atuou como barreira geográfica, favorecendo a especiação entre populações em diferentes altitudes.
  • A pesquisa também revelou que o código de barras de DNA falha na identificação de espécies próximas, devido à divergência recente.

Um estudo recente revelou que as borboletas dos gêneros Melinaea e Mechanitis diversificaram-se rapidamente em menos de 2 milhões de anos, desafiando a noção de que a especiação leva milhões de anos. A pesquisa, publicada na revista PNAS, foi coordenada pela evolucionista Joana Meier, do Instituto Wellcome Sanger e da Universidade de Cambridge.

Os pesquisadores descobriram que a diversificação dessas borboletas ocorreu principalmente por meio de rearranjos cromossômicos, como fissões e fusões. Enquanto o gênero Heliconius possui 46 espécies, alcançando essa diversidade em quase 12 milhões de anos, Melinaea e Mechanitis demonstraram uma evolução muito mais rápida. Algumas dessas espécies surgiram como híbridas, aumentando a variação genética antes de se isolarem reprodutivamente.

A cordilheira dos Andes desempenhou um papel crucial nesse processo, atuando como barreira geográfica. Populações em diferentes altitudes, mesmo que próximas, não se cruzam, favorecendo a especiação. O biólogo André Freitas, da Universidade Estadual de Campinas, destacou que a taxa de evolução do cromossomo sexual dos lepidópteros é significativamente maior, o que pode contribuir para a formação de novas espécies.

Além disso, o estudo apontou que o código de barras de DNA, utilizado para identificar espécies, falha frequentemente para esses grupos, pois espécies geneticamente próximas podem apresentar sequências idênticas. Isso ocorre devido à divergência recente, que não permite a fixação de mutações. A pesquisa também revelou que a aparência de espécies próximas pode variar bastante, enquanto semelhanças podem ser resultado de mimetismo mülleriano, onde espécies tóxicas se assemelham para evitar predadores.

Por fim, a análise de feromônios revelou diferenças significativas entre subespécies de Mechanitis, indicando uma história evolutiva mais complexa do que se pensava. A pesquisa continua a investigar as dinâmicas de especiação e os fatores que influenciam a diversidade genética entre essas borboletas.

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