- Agricultores na Europa, como Ruben Jorge e Herberto Brunk, estão adotando práticas de agricultura regenerativa para enfrentar os desafios das mudanças climáticas.
- Essas práticas visam restaurar o solo e aumentar a resiliência das lavouras, com apoio de programas da União Europeia.
- Na propriedade de Jorge, em Penha Garcia, Portugal, ele utiliza cobertura de grama e chips de madeira, além de cultivar flores de lupin como fertilizantes naturais.
- A Europa enfrenta um cenário crítico, com 60% a 70% dos solos degradados e um impacto econômico das secas que pode chegar a 65 bilhões de euros anualmente até 2100.
- Organizações estão promovendo a agricultura regenerativa, que atualmente abrange cerca de 2% das propriedades agrícolas na Europa, apesar de desafios como a redução de incentivos da União Europeia.
Agricultores na Europa, como Ruben Jorge e Herberto Brunk, estão adotando práticas de agricultura regenerativa para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. Essas iniciativas visam restaurar o solo e aumentar a resiliência das lavouras, com apoio de programas da União Europeia.
Na propriedade de Jorge, em Penha Garcia, Portugal, a transição para a agricultura regenerativa é visível. Ele utiliza uma cobertura de grama e chips de madeira ao redor de mudas de castanheira e pistache, além de cultivar flores de lupin, que atuam como fertilizantes naturais. Jorge afirma que essas práticas são essenciais para preservar a terra e garantir a viabilidade econômica.
A Europa enfrenta um cenário crítico, sendo o continente que mais aquece desde a década de 1980. Estima-se que, se não forem tomadas medidas, o impacto econômico das secas pode chegar a 65 bilhões de euros anualmente até 2100. Com 60% a 70% dos solos da UE degradados, a adoção de métodos regenerativos é vista como uma solução viável.
Iniciativas e Desafios
Organizações como a Aliança Europeia para a Agricultura Regenerativa estão promovendo essas práticas, que atualmente abrangem cerca de 2% das propriedades agrícolas na Europa. Apesar do crescimento, a transição enfrenta obstáculos, como a redução de incentivos por parte da UE após protestos de agricultores.
Brunk, localizado a 180 quilômetros de Jorge, também implementa técnicas regenerativas. Ele optou por deixar o trigo sarraceno como cobertura, evitando a erosão e melhorando a qualidade do solo. Com um plano de cinco anos, Brunk já observa resultados positivos, como a redução da erosão e o aumento do carbono no solo.
Essas práticas não apenas ajudam a mitigar os efeitos das mudanças climáticas, mas também podem aumentar a lucratividade. Estudos indicam que propriedades que adotam a agricultura regenerativa utilizam 61% menos nitrogênio sintético e 75% menos pesticidas, resultando em margens de lucro 20% superiores em comparação com métodos convencionais.