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Mudança climática eleva os preços dos alimentos e afeta a segurança alimentar

Calor extremo pode elevar preços dos alimentos em até 3% ao ano até 2035, afetando principalmente a África e a América do Sul

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Mudanças climáticas impactam o preço dos alimentos (Foto: Reprodução)
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  • O aumento da temperatura média global pode elevar os preços dos alimentos em até três por cento ao ano até dois mil e trinta e cinco.
  • Regiões da África e América do Sul são as mais afetadas por mudanças climáticas, que alteram chuvas e aumentam eventos extremos.
  • Cultivos, como o café, são sensíveis ao calor, com altas temperaturas causando estresse térmico em áreas como Minas Gerais e São Paulo.
  • Eventos climáticos extremos, como inundações, resultaram em perdas significativas, como os R$ 1 bilhão em prejuízos na agricultura do Rio Grande do Sul em maio de dois mil e vinte e quatro.
  • Giampaolo Pellegrino, pesquisador da Embrapa, recomenda práticas agrícolas adaptativas, como uso de estoques reguladores e conservação do solo, para mitigar os impactos.

O aumento da temperatura média global está impactando a agricultura de forma significativa, com previsões de que os preços dos alimentos possam subir até 3% ao ano até 2035. Regiões como a África e a América do Sul estão entre as mais vulneráveis a essas mudanças climáticas, que alteram os regimes de chuvas e aumentam a frequência de eventos extremos.

Os cultivos, especialmente o café, são particularmente sensíveis ao calor. Altas temperaturas podem causar estresse térmico, inviabilizando colheitas em áreas como Minas Gerais e São Paulo, que são os principais produtores do Brasil. A irregularidade das chuvas também é um fator crítico, pois a produção agrícola depende não apenas da quantidade, mas da regularidade das precipitações. André Braz, coordenador de Índices de Preços na Fundação Getúlio Vargas, ressalta que a falta de chuvas no tempo certo pode ser fatal para as safras.

Impactos Econômicos

Eventos climáticos extremos, como ciclones e secas prolongadas, têm causado prejuízos significativos. Em maio de 2024, por exemplo, as inundações no Rio Grande do Sul resultaram em perdas de mais de R$ 1 bilhão na agricultura, segundo a Confederação Nacional de Municípios. Essas condições adversas não apenas afetam a produção, mas também encarecem os custos de cultivo.

Giampaolo Pellegrino, pesquisador da Embrapa, destaca que a adaptação às novas realidades climáticas é crucial. Ele sugere que a implementação de práticas agrícolas adaptativas pode mitigar os impactos negativos. Entre as estratégias, ele menciona o uso de estoques reguladores e técnicas de conservação do solo, que podem aumentar a resiliência das lavouras.

Desafios e Oportunidades

O aumento dos preços dos alimentos está ligado a diversos fatores, incluindo a volatilidade do dólar e conflitos globais. Portanto, é essencial que os agricultores adotem medidas que não apenas respondam às mudanças climáticas, mas que também promovam uma produção mais sustentável e eficiente. A adaptação ao clima futuro é um desafio que requer inovação e compromisso com práticas que garantam a segurança alimentar.

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