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Ilhas brasileiras abrigam espécies exclusivas, revela nova pesquisa científica

Estudo revela que ilhas brasileiras são centros de endemismo, com 40% das espécies vulneráveis a ameaças ambientais e climáticas

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Arquipélago de São Pedro e São Paulo, com ilhas rochosas e mar ao redor (Foto: Reprodução)
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  • Um estudo publicado na revista “Peer Community Journal” revela que as ilhas oceânicas brasileiras, como Fernando de Noronha e Trindade, são laboratórios naturais da evolução.
  • A pesquisa analisou mais de sete mil espécies de peixes recifais em oitenta e sete ilhas ao redor do mundo.
  • Aproximadamente quarenta por cento das espécies endêmicas apresentam um novo conceito chamado “endemismo insular-provincial”.
  • Essas espécies são vulneráveis a ameaças como degradação ambiental e mudanças climáticas, segundo Hudson Pinheiro, pesquisador do CEBIMar/USP.
  • O estudo destaca a importância de estratégias de proteção marinha que considerem o endemismo para a conservação da biodiversidade.

Um estudo internacional publicado na revista “Peer Community Journal” revela que as ilhas oceânicas brasileiras, como Fernando de Noronha e Trindade, são verdadeiros laboratórios naturais da evolução. A pesquisa analisou mais de 7 mil espécies de peixes recifais em 87 ilhas ao redor do mundo e concluiu que cerca de 40% das espécies endêmicas apresentam um novo conceito denominado “endemismo insular-provincial”.

Essas ilhas, que antes não eram amplamente citadas em discussões sobre endemismo, agora se destacam por abrigar espécies que não existem em nenhum outro lugar. Hudson Pinheiro, pesquisador do CEBIMar/USP, explica que essas espécies são resultado de processos evolutivos locais e, por estarem restritas a pequenos territórios, tornam-se mais vulneráveis a ameaças como a degradação ambiental e as mudanças climáticas.

Conceito de Endemismo Insular-Provincial

O estudo identificou que muitas espécies endêmicas de Fernando de Noronha também ocorrem em ilhas próximas, como o Atol das Rocas e o arquipélago de São Pedro e São Paulo. No entanto, essas espécies não colonizam áreas continentais, o que as classifica como endêmicas segundo o novo critério proposto. Essa descoberta é crucial, pois 12% da biodiversidade global de peixes recifais está concentrada em ilhas, destacando a importância dessas áreas para a conservação.

Além disso, a pesquisa aponta que ilhas distantes podem abrigar espécies geneticamente mais próximas entre si do que de populações continentais mais próximas. Essa dinâmica ressalta a necessidade de estratégias de proteção marinha que considerem o endemismo como um fator essencial na definição de áreas prioritárias para conservação.

Pinheiro alerta que dimensionar corretamente a vulnerabilidade das populações marinhas é fundamental para o desenvolvimento de políticas de conservação eficazes. O estudo, que contou com o apoio da Fundação Grupo Boticário, traz à tona a importância de reconhecer e proteger a biodiversidade única das ilhas oceânicas brasileiras.

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