- A seca extrema no interior paulista afetou 466 municípios, com umidade do ar abaixo de 12% e mais de 250 incêndios registrados no início de setembro.
- A Defesa Civil emitiu um alerta severo, recomendando evitar queimadas e informando sobre riscos à saúde.
- A Operação SP Sem Fogo visa prevenir queimadas e mitigar os efeitos da estiagem prolongada e do fenômeno El Niño.
- Em Ipuã, as aulas foram suspensas devido ao avanço das chamas, enquanto em Ribeirão Preto, moradores relataram medo com a rapidez dos incêndios.
- Apesar do alerta, o número de queimadas caiu em relação ao ano anterior, com 253 ocorrências entre 1º e 9 de setembro, contra 331 no mesmo período de 2024.
A seca extrema no interior paulista acendeu o alerta para 466 municípios, com umidade do ar abaixo de 12% e mais de 250 incêndios em vegetação registrados nos primeiros dias de setembro. A Defesa Civil emitiu um alerta severo, informando sobre os riscos à saúde e a necessidade de evitar queimadas. A mensagem foi enviada via sistema Cell Broadcast, que alcança celulares na área afetada.
As condições climáticas adversas são resultado de uma estiagem prolongada e da influência do fenômeno El Niño. A Operação SP Sem Fogo, que envolve esforços estaduais e municipais, busca prevenir queimadas. A baixa umidade não só aumenta o risco de incêndios, mas também agrava problemas respiratórios e irritações.
Em Ipuã, a prefeitura suspendeu as aulas devido ao avanço das chamas, que também causaram bloqueios em estradas. Em Ribeirão Preto, moradores relataram medo com a rapidez das chamas, enquanto em Igarapava, as chamas se aproximaram de áreas residenciais, mas não atingiram casas. Apesar do alerta, o número de queimadas caiu em comparação ao ano anterior, com 253 ocorrências entre 1º e 9 de setembro, contra 331 no mesmo período de 2024.
Os índices de umidade na região chegaram a níveis semelhantes aos do deserto do Saara, refletindo a gravidade da situação. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que agosto foi o mês mais seco na capital paulista desde 2019. A meteorologista Marcely Sondermann destacou que a situação atual é resultado de eventos climáticos adversos, incluindo dois verões com chuvas irregulares. Embora o prognóstico para os próximos meses indique uma melhora gradual, setembro ainda é considerado crítico, com chuvas esporádicas. A recuperação do déficit hídrico será um processo de médio a longo prazo.