- Tansy E. Hoskins lança nova edição do livro *Manual anticapitalista de la moda* em 1 de setembro.
- A obra, originalmente publicada em 2014, defende uma revolução no sistema da moda.
- Hoskins critica a ideia de que mudanças podem ser feitas apenas por redes sociais e destaca a continuidade da exploração no setor.
- A autora sugere que os amantes da moda criem suas próprias roupas e valorizem práticas de reparo e reciclagem.
- Ela enfatiza a necessidade de engajamento ativo em causas sociais e a importância de apoiar a moda indígena e a criação independente.
Revolução na Moda: Tansy E. Hoskins Atualiza seu Manual Anticapitalista
A autora britânica Tansy E. Hoskins lança uma nova edição de seu livro *Manual anticapitalista de la moda*, que chega às livrarias espanholas em 1 de setembro. A obra, originalmente publicada em 2014, defende que a solução para os problemas da indústria da moda reside em uma revolução no sistema.
Hoskins, que possui formação política, critica a ideia de que mudanças podem ser alcançadas apenas por meio das redes sociais. Ela destaca que, apesar de algumas melhorias nas condições de trabalho após o colapso do edifício Rana Plaza, o sistema capitalista continua a ser implacável. As marcas priorizam lucros, muitas vezes à custa de trabalhadores e do meio ambiente.
A autora sugere que aqueles que amam a moda, mas rejeitam o capitalismo, devem criar suas próprias roupas. Ela valoriza práticas como reparar, reciclar e reutilizar vestuário, enfatizando que a verdadeira expressão de identidade pode ser encontrada fora da indústria convencional. Hoskins também menciona a importância de apoiar a moda indígena e a criação independente.
O Futuro da Indústria da Moda
Hoskins acredita que a indústria da moda precisa ser reduzida para evitar uma catástrofe ambiental. Ela defende a liberdade de associação e a formação de sindicatos em fábricas têxteis como formas de proteção aos trabalhadores. A autora critica o consumismo e sugere que a mudança real requer mais do que apenas escolhas éticas de consumo; é necessário engajamento ativo em causas sociais.
A autora também reflete sobre a possibilidade de um negócio ético na moda, afirmando que a verdadeira criatividade está nas ruas e em ambientes independentes, longe do elitismo. Para ela, a beleza não deve ser sinônimo de dominação, e é essencial redefinir valores que priorizem o planeta e as comunidades.
Em um momento em que a indústria da moda enfrenta crescente escrutínio, a mensagem de Hoskins ressoa como um chamado à ação, propondo um novo modelo que valorize a ética e a sustentabilidade.