- Pesquisadores planejam construir o Cosmic Explorer, um interferômetro com braços dez vezes mais longos que o LIGO, para detectar até 100.000 fusões de buracos negros anualmente.
- Desde a descoberta das ondas gravitacionais em 2015, o LIGO registrou centenas de eventos e dobrou sua sensibilidade na última década.
- Atualmente, é possível detectar buracos negros a cada três dias, segundo David Reitze, diretor do LIGO.
- O Cosmic Explorer poderá captar eventos de mais de dez bilhões de anos atrás e registrar mais de um milhão de fusões de estrelas de nêutrons por ano.
- O LIGO passará por atualizações até o início da década de 2030, mas o futuro do financiamento para essas iniciativas é incerto.
Pesquisadores planejam construir o Cosmic Explorer, um novo interferômetro que terá braços dez vezes mais longos que o LIGO, com o objetivo de detectar até 100.000 fusões de buracos negros anualmente. Essa iniciativa surge após a descoberta das ondas gravitacionais em 2015, que revolucionou a física ao confirmar teorias sobre buracos negros e eventos cósmicos.
Desde a detecção inicial, o LIGO, com suas instalações em Hanford, Washington, e Livingston, Louisiana, já registrou centenas de ondas gravitacionais. A sensibilidade dos detectores dobrou na última década, permitindo a observação de uma área do universo duas vezes mais ampla, com cerca de oito vezes mais galáxias. David Reitze, diretor do LIGO, destaca que atualmente é possível detectar buracos negros a cada três dias, um avanço significativo.
Avanços e Desafios
O Cosmic Explorer, se construído, poderá captar eventos que ocorreram há mais de dez bilhões de anos, durante períodos de intensa formação estelar. Além das fusões de buracos negros, o novo interferômetro também deverá registrar mais de um milhão de fusões de estrelas de nêutrons por ano, com uma frequência de uma a cada poucos segundos. No entanto, a construção do CE enfrenta desafios logísticos, como a necessidade de escavar até 30 metros abaixo da superfície em algumas áreas.
Enquanto isso, o LIGO passará por uma série de atualizações chamadas LIGO A#, que devem aumentar sua sensibilidade ainda mais até o início da década de 2030. Essas melhorias incluem o aumento da potência dos lasers e a instalação de espelhos mais pesados e estáveis. O futuro do financiamento para essas iniciativas, no entanto, permanece incerto, especialmente com possíveis cortes no orçamento da Fundação Nacional de Ciência dos EUA.
O Futuro da Detecção de Ondas Gravitacionais
Os pesquisadores estão otimistas quanto ao futuro das ondas gravitacionais. Com a construção do Cosmic Explorer e as atualizações do LIGO, a expectativa é que a detecção de eventos cósmicos se torne ainda mais frequente e abrangente. Essas inovações prometem abrir novas fronteiras na compreensão do universo, permitindo que cientistas explorem fenômenos que antes estavam além de nosso alcance.