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Pesquisadores descobrem vasta reserva de água doce no fundo do mar para milhões

Cientistas analisam aquífero de água doce descoberto ao largo de Cape Cod, que pode atender à crescente demanda por recursos hídricos.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Tubo de perfuração sob a plataforma Liftboat Robert, visto a partir da embarcação de apoio Gaspee, no Atlântico Norte (Foto: Reprodução)
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  • Uma expedição científica descobriu um aquífero subterrâneo de água doce ao largo de Cape Cod, Massachusetts, com potencial para abastecer grandes cidades.
  • A missão, realizada neste verão do Hemisfério Norte, busca entender as características e a origem da água.
  • A equipe, liderada por Brandon Dugan, da Colorado School of Mines, analisará cerca de cinquenta mil litros de água em laboratórios ao redor do mundo.
  • A água encontrada apresenta salinidade de quatro partes por mil, muito inferior às trinta e cinco partes por mil do oceano, sugerindo que pode ser potável.
  • A análise das amostras levará meses e incluirá o sequenciamento de DNA para identificar a vida microbiana presente.

Uma expedição científica recente revelou um aquífero subterrâneo de água doce ao largo de Cape Cod, Massachusetts, com potencial para abastecer grandes cidades. A missão, que ocorreu neste verão do Hemisfério Norte, é considerada inédita e busca entender as características e a origem dessa água.

A descoberta remonta a quase 50 anos, quando um navio do governo dos EUA encontrou água doce durante a busca por minerais. Agora, a equipe de cientistas, liderada por Brandon Dugan, da Colorado School of Mines, analisará cerca de 50 mil litros dessa água em laboratórios ao redor do mundo. O objetivo é determinar se a água é resultado do derretimento de geleiras ou de sistemas subterrâneos conectados ao continente.

A demanda global por água doce deve superar a oferta em 40% nos próximos cinco anos, segundo a ONU. O aumento do nível do mar, impulsionado pelas mudanças climáticas, já contamina reservatórios costeiros. A expedição, custeada em US$ 25 milhões, envolveu cientistas de mais de dez países e perfurou até 400 metros de profundidade, revelando amostras com salinidade muito inferior à do oceano.

Os pesquisadores agora enfrentam desafios significativos, como a extração da água e a definição de quem terá acesso a esse recurso. A água encontrada apresenta salinidade de apenas 4 partes por mil, comparada às 35 partes por mil do oceano, sugerindo que pode ser potável. Contudo, a segurança do consumo ainda precisa ser avaliada, incluindo a presença de microrganismos e minerais.

A análise das amostras levará meses e incluirá o sequenciamento de DNA para identificar a vida microbiana presente. A idade da água também é uma questão crucial: se for milenar, pode ser um recurso finito; se mais recente, indica que o aquífero ainda se recarrega. A exploração desse recurso pode oferecer uma alternativa em situações de seca, mas requer cautela para evitar impactos ambientais.

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