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Terras indígenas na Amazônia ajudam a reduzir 27 doenças, aponta estudo

Estudo revela que florestas em terras indígenas na Amazônia diminuem a propagação de 27 doenças e destacam a importância da preservação ambiental

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Vista aérea da Floresta Amazônica em contraste com lavouras de milho e soja, localizada na margem da Terra Indígena Erikpatsa, no norte de Mato Grosso (Foto: Reprodução)
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  • Um estudo da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) publicado na revista Nature mostra que florestas em terras indígenas na Amazônia reduzem a propagação de 27 doenças.
  • A pesquisa analisou dados de 1.733 municípios em oito países da região, revelando que comunidades próximas a áreas preservadas têm menor risco de doenças cardiovasculares, respiratórias e zoonóticas.
  • Entre 2001 e 2019, a Amazônia registrou quase 30 milhões de casos relacionados a incêndios florestais e doenças transmitidas por animais.
  • No Brasil, as queimadas causaram, em média, 2.906 mortes prematuras por ano devido a problemas respiratórios e cardíacos.
  • O estudo destaca que o desmatamento, impulsionado por agronegócio e mineração, aumenta a exposição das populações a doenças, ressaltando a importância da preservação das florestas tropicais e dos direitos dos povos indígenas.

Um estudo inédito da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), publicado na revista Nature, revela que as florestas em terras indígenas na Amazônia atuam como um ‘escudo verde’, reduzindo a propagação de 27 doenças. A pesquisa abrangeu dados de 1.733 municípios em oito países amazônicos, mostrando que comunidades próximas a áreas preservadas enfrentam menor risco de doenças cardiovasculares e respiratórias, além de enfermidades zoonóticas e vetoriais.

Entre 2001 e 2019, a região registrou quase 30 milhões de casos relacionados a incêndios florestais e doenças transmitidas por animais. No Brasil, as queimadas causaram, em média, 2.906 mortes prematuras por ano devido a problemas respiratórios e cardíacos. Ana Filipa Palmeirim, professora visitante da Universidade Federal do Pará e coautora do estudo, destacou que a fumaça das queimadas afeta a saúde pública, obrigando populações vulneráveis a permanecer em casa.

Impacto do Desmatamento

O estudo enfatiza que o desmatamento, impulsionado por atividades como agronegócio e mineração, aumenta a exposição das populações a doenças. Para doenças transmitidas por animais ou insetos, ter florestas cobrindo mais de 40% de um município é crucial para reduzir o risco. Florestas grandes e contínuas minimizam as áreas de contato entre humanos e vetores de doenças.

A pesquisa foi divulgada a poucos meses da COP30, conferência sobre mudanças climáticas da ONU, que ocorrerá em Belém, no Pará. A preservação das florestas tropicais é uma pauta central, dada a importância dos serviços ecossistêmicos que elas oferecem. O estudo reforça o papel vital dos povos indígenas na luta contra a crise climática e a perda da biodiversidade, ressaltando a necessidade de proteger seus direitos e territórios. Esses povos, que representam 6% da população mundial, ocupam cerca de 38 milhões de km² de terras, muitas vezes não reconhecidas oficialmente.

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