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Ecstasy pode se tornar novo poluente na baía de Santos, alerta de especialistas

Pesquisadores da Unifesp alertam para a toxicidade do ecstasy em ostras-do-mangue na baía de Santos, com riscos ambientais significativos

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Cientistas realizam ensaios em laboratório com ostras-do-mangue para avaliar os efeitos toxicológicos de compostos de droga sintética (Foto: Reprodução)
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  • Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) estudam os impactos ambientais do ecstasy (MDMA) na baía de Santos.
  • O consumo de ecstasy no Brasil está aumentando, embora a substância ainda não tenha sido detectada na região.
  • Testes com ostras-do-mangue (Crassostrea gasar) mostraram que o MDMA pode ser letal em concentrações de cinco mil nanogramas por litro e subletal entre cinco e cinquenta nanogramas por litro.
  • A concentração de cocaína na baía de Santos é mil vezes maior do que a encontrada na baía de São Francisco, nos Estados Unidos.
  • A pesquisa visa mapear a presença de drogas nas águas e alerta para os riscos ambientais associados à poluição por substâncias emergentes.

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) estão investigando os impactos ambientais do ecstasy (MDMA) na baía de Santos, onde a substância ainda não foi detectada, mas seu consumo no Brasil está em ascensão. Estudos indicam que os efeitos tóxicos do ecstasy em ostras-do-mangue podem ser superiores aos da cocaína.

Os cientistas realizaram testes com ostras-do-mangue (Crassostrea gasar), reconhecidas como organismos sentinela para avaliar poluentes. Os resultados mostraram que a exposição ao MDMA causou efeitos letais em concentrações de 5.000 nanogramas por litro e subletais entre 5 a 50 ng.L-1. Camilo Dias Seabra, professor da Unifesp, destacou que, embora a concentração de ecstasy no mar seja teoricamente menor, sua toxicidade pode ser mais intensa, resultando em impactos ambientais mais graves.

Contexto da Pesquisa

Nos últimos anos, a presença de substâncias como ibuprofeno, paracetamol e cocaína já foi identificada em ambientes marinhos do litoral paulista. As concentrações de cocaína na baía de Santos são mil vezes maiores do que as encontradas na baía de São Francisco, nos Estados Unidos. Além disso, a pesquisa revelou a presença de cocaína e seu metabólito, benzoilecgonina, em animais marinhos de outras cidades litorâneas brasileiras.

Os pesquisadores da Unifesp têm colaborado com universidades locais para monitorar poluentes emergentes. Recentemente, amostras de MDMA apreendidas no Porto de Santos foram utilizadas para entender os impactos ambientais da droga. Seabra enfatizou a importância do monitoramento sazonal de drogas ilícitas, que se tornaram um problema ambiental significativo na costa brasileira.

Implicações Ambientais

Os resultados dos estudos realizados pela Unifesp não apenas contribuem para a compreensão dos efeitos do ecstasy em organismos marinhos, mas também auxiliam as autoridades policiais a mapear a presença de drogas nas vias aquáticas. A crescente preocupação com a poluição das águas e seus efeitos na fauna marinha ressalta a necessidade de ações efetivas para mitigar esses impactos.

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