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Projeto de gás australiano é prorrogado até 2070 para garantir fornecimento energético

Licença do projeto North West Shelf é estendida até 2070, gerando críticas por comprometer metas de redução de emissões e proteger patrimônio indígena

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Projeto localizado na Austrália Ocidental (Foto: Reprodução)
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  • A licença do projeto North West Shelf, um dos maiores empreendimentos de combustíveis fósseis da Austrália, foi estendida até 2070.
  • A decisão ocorre enquanto o governo federal se prepara para anunciar metas de redução de emissões para 2035.
  • O ministro do Meio Ambiente, Murray Watt, informou que a extensão inclui 48 novas condições para mitigar impactos ambientais.
  • A empresa Woodside Energy deve reduzir suas emissões de gás até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
  • Grupos ambientais criticaram a decisão, considerando o projeto uma ameaça aos esforços de combate às mudanças climáticas.

A licença do projeto North West Shelf, um dos maiores empreendimentos de combustíveis fósseis da Austrália, foi estendida até 2070. A decisão ocorre em um momento crítico, com o governo federal prestes a anunciar suas metas de redução de emissões para 2035. Apesar do compromisso de reduzir as emissões em 43% até 2030, o país continua a depender fortemente de combustíveis fósseis, gerando críticas de ambientalistas e políticos.

O ministro do Meio Ambiente, Murray Watt, afirmou que a extensão inclui 48 novas condições rigorosas para mitigar impactos ambientais. A empresa Woodside Energy, responsável pelo projeto, deverá reduzir suas emissões de gás até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Além disso, novas salvaguardas foram implementadas para proteger a arte rupestre indígena na região de Pilbara, que possui mais de 60 mil anos.

A extensão da licença, que estava prevista para expirar em 2030, recebeu aprovação preliminar em maio. O projeto abrange uma planta de processamento e exportação em Karratha, próxima ao patrimônio mundial da arte rupestre de Murujuga. Watt destacou que as condições impostas visam evitar danos significativos ao local, incluindo restrições nas emissões de ar que poderiam acelerar a deterioração da arte.

Peter Hicks, presidente da Murujuga Aboriginal Corporation, elogiou as novas proteções, ressaltando a importância cultural e espiritual da área para os povos indígenas. Em contrapartida, grupos climáticos, como a Australian Conservation Foundation, criticaram a decisão, chamando o projeto de um “bomba de carbono” que compromete os esforços globais para combater as mudanças climáticas. A líder dos Verdes Australianos, Larissa Waters, classificou a extensão como uma “traição” ao futuro do planeta.

A Austrália enfrenta desafios crescentes relacionados a desastres naturais, e especialistas em clima alertam que o país, assim como o resto do mundo, precisa de cortes drásticos nas emissões para evitar crises futuras. O primeiro-ministro Anthony Albanese, que assumiu o cargo em 2022 prometendo ações mais robustas, tem sido criticado por continuar a apoiar projetos de carvão e gás.

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