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Tubarões-baleia sofrem ferimentos graves causados por ações humanas

Estudo aponta que 77% dos tubarões-baleia em Papua, Indonésia, têm ferimentos causados por atividades humanas, exigindo medidas de proteção urgentes

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • Tubarões-baleia estão ameaçados de extinção, com suas populações globais reduzidas em mais de 50% nos últimos 75 anos.
  • Um estudo na região de Papua, Indonésia, revelou que 77% dos tubarões-baleia apresentam ferimentos causados por atividades humanas, como colisões com barcos.
  • A pesquisa, realizada entre 2010 e 2023, observou 268 tubarões-baleia nas baías de Cenderawasih, Kaimana, Raja Ampat e Fakfak.
  • Mais de 80% dos ferimentos foram identificados como de origem antropogênica, sendo as escoriações as mais comuns.
  • Cientistas sugerem intervenções simples, como modificações nas plataformas de pesca, para proteger a espécie e garantir sua sobrevivência.

Os tubarões-baleia, listados como espécies ameaçadas de extinção, enfrentam sérios riscos devido à ação humana. Um estudo recente revelou que 77% dos tubarões-baleia na região de Papua, Indonésia, apresentam ferimentos causados por atividades humanas, como colisões com barcos e plataformas de pesca.

Nos últimos 75 anos, as populações globais de tubarões-baleia diminuíram mais de 50%, com uma queda de até 63% na área entre os oceanos Índico e Pacífico. Esses tubarões levam até 30 anos para atingir a maturidade sexual, o que dificulta sua recuperação diante da caça e da perda de habitat. O estudo, realizado entre 2010 e 2023, focou nas baías de Cenderawasih, Kaimana, Raja Ampat e Fakfak, onde foram observados 268 tubarões-baleia.

Ferimentos e Causas

Os pesquisadores, liderados por Edy Setyawan, do Instituto de Elasmobrânquios da Indonésia, identificaram que mais de 80% dos ferimentos eram de origem antropogênica. As escoriações, frequentemente causadas pelo atrito com as bagans — plataformas de pesca tradicionais — e embarcações, foram as mais comuns. Ferimentos graves, como amputações, foram raros, ocorrendo em apenas 17,7% dos casos.

A maioria dos tubarões-baleia avistados era jovem, com comprimento entre quatro e cinco metros, e 90% deles eram machos. Os pesquisadores notaram que mais de 52% dos indivíduos foram observados mais de uma vez, com intervalos de até 11 anos entre as observações.

Ações para Proteção

Diante do aumento do turismo de observação de tubarões-baleia, os cientistas alertam para o risco crescente de ferimentos. Mark Erdmann, diretor de conservação de tubarões da organização Re:wild, enfatiza a necessidade de implementar medidas simples para proteger a espécie. Entre as sugestões estão modificações nas bagans, como a remoção de bordas afiadas e a adaptação das embarcações.

Os dados indicam que os tubarões-baleia na Baía de Cenderawasih e na Baía de Triton têm altas taxas de residência, o que os torna valiosos para o turismo local. A colaboração com autoridades e gestores de áreas marinhas protegidas é essencial para garantir a sobrevivência dessa espécie ameaçada.

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