- O governo brasileiro lançou o sistema Deter Não Floresta (Deter NF) em 15 de setembro de 2025.
- O sistema monitora diariamente o bioma amazônico, incluindo áreas não florestais, como savanas e campos.
- O Deter NF foi desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
- A nova ferramenta utiliza inteligência artificial e imagens de satélite para identificar alterações na cobertura vegetal.
- Dados recentes mostram que os alertas para áreas não florestais aumentaram em 8%, enquanto os alertas do Deter Amazônia caíram em 36,6%.
O governo brasileiro anunciou, nesta segunda-feira, 15, o lançamento do sistema Deter Não Floresta (Deter NF), uma ferramenta inovadora para monitorar diariamente o bioma amazônico. O novo sistema, desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), surge em um contexto alarmante: a Amazônia perdeu quase 50 milhões de hectares de florestas nas últimas quatro décadas, segundo dados do Mapbiomas.
O Deter NF amplia a cobertura do monitoramento ambiental, incluindo áreas não florestais, como savanas e campos, que representam cerca de 20% do bioma amazônico. Antes, o sistema Deter focava apenas na perda de florestas densas primárias, criando um “ponto cego” para a fiscalização. Com essa nova abordagem, o monitoramento abrange 75% do território nacional, com planos de expansão para outros biomas, como Mata Atlântica, Caatinga e Pampa.
André Lima, secretário extraordinário de Controle do Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, afirmou que a nova ferramenta traz transparência e agilidade ao processo de monitoramento. A tecnologia utiliza inteligência artificial e imagens de satélite para identificar alterações na cobertura vegetal, como desmatamento, mineração e queimadas. Os alertas gerados são disponibilizados gratuitamente na plataforma TerraBrasilis, promovendo o acesso à informação.
Cláudio Almeida, coordenador do programa BiomasBR do Inpe, destacou que o sistema é resultado de anos de pesquisa, utilizando técnicas avançadas de processamento de imagens e métodos de aprendizado de máquina. Os dados recentes do Inpe mostram que, enquanto os alertas tradicionais do Deter Amazônia caíram 36,6% em comparação a agosto de 2024, as áreas não florestais monitoradas pelo Deter NF registraram um aumento de 8% nos alertas.