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Equidade na ciência revela uma ilusão e é hora de encarar a realidade

Autora critica a falta de reconhecimento e mudanças nas colaborações científicas, destacando estruturas de poder desiguais e extração de conhecimento

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • A autora expressou desilusão com a falta de mudanças nas colaborações científicas, que continuam a favorecer os privilegiados.
  • Apesar de ser convidada para discussões, suas contribuições frequentemente são ignoradas.
  • Em 2021, a autora sugeriu melhorias para colaborações entre países com recursos desiguais, mas não houve ações concretas.
  • Recentemente, ao ser convidada para um projeto sobre gestão de ecossistemas, a autora percebeu que seu conhecimento seria extraído sem reconhecimento.
  • A autora defende a necessidade de descolonizar as instituições científicas para alcançar verdadeira equidade.

A desilusão com a equidade na ciência tem se intensificado, conforme a autora reflete sobre sua experiência em colaborações científicas. Em um contexto onde a diversidade e inclusão são frequentemente discutidas, a autora destaca a falta de mudanças significativas nas estruturas de poder, que continuam a favorecer os mais privilegiados.

Nos últimos anos, a autora percebeu que, apesar de ser convidada para participar de discussões e grupos de trabalho, sua contribuição muitas vezes era ignorada. Em 2021, ela propôs soluções para melhorar colaborações entre países com recursos desiguais, mas notou que as instituições que buscavam sua opinião não tomaram medidas concretas. Quatro anos depois, a autora conclui que o sistema científico não foi projetado para promover a equidade.

A extração de conhecimento

Recentemente, a autora foi convidada a contribuir para um projeto sobre o uso do fogo na gestão de ecossistemas. A proposta, que parecia inclusiva, exigia que ela condensasse 25 anos de pesquisa em um questionário de 40 minutos, sem garantir reconhecimento ou visibilidade. Ao recusar, ela destacou como o sistema extrai conhecimento especializado a baixo custo, sem dar crédito adequado.

Em 2025, uma nova proposta surgiu, prometendo co-produção e inclusão. No entanto, a autora foi novamente convidada apenas para fornecer contribuições regionais, sem a oportunidade de co-liderar ou co-desenvolver o projeto. Ao expressar suas preocupações, recebeu respostas defensivas que não abordavam as assimetrias presentes.

O papel das instituições

Essas experiências revelam que o sistema acadêmico recompensa colaborações extrativas, mesmo quando disfarçadas de iniciativas equitativas. A autora observa que muitos cientistas em posições menos privilegiadas desejam ser incluídos, mas frequentemente são escolhidos apenas para preencher um perfil, sem que suas ideias sejam realmente valorizadas.

A crítica à falta de mudanças reais nas instituições científicas é clara. A autora defende que é necessário descolonizar as instituições científicas, em vez de apenas diversificá-las, para que a verdadeira equidade possa ser alcançada.

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