- A Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) inaugurou o FGVEarth, um centro de pesquisa em governança ambiental.
- O centro foi lançado a dois meses da Conferência das Partes (COP30), que ocorrerá em Belém, no Pará.
- O FGVEarth, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), visa posicionar o Brasil como líder em soluções para mudanças climáticas.
- O coordenador do FGVEarth, José Antônio Puppim de Oliveira, informou que a equipe inicial conta com cerca de 30 pesquisadores e que o centro promoverá seminários e workshops.
- O FGVEarth se organiza em seis núcleos temáticos, abordando questões como decrescimento, durabilidade de produtos e o papel das crianças na sustentabilidade.
Inauguração do FGVEarth
A Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) lançou o FGVEarth, um centro de pesquisa focado em governança ambiental, a apenas dois meses da COP30, que ocorrerá em Belém, no Pará. O novo centro, financiado pela FAPESP, busca posicionar o Brasil como líder nas soluções para as mudanças climáticas globais.
O coordenador do FGVEarth, José Antônio Puppim de Oliveira, destacou que a equipe inicial conta com cerca de 30 pesquisadores, incluindo pós-doutorandos e doutorandos. O objetivo é disseminar conhecimento por meio de seminários, workshops e interações com empresas e formuladores de políticas. “Estamos adotando uma abordagem de baixo para cima, priorizando soluções que envolvem cidadãos e empresas”, afirmou Puppim.
Metas de Pesquisa
O FGVEarth se estrutura em seis núcleos temáticos, cada um abordando aspectos estratégicos da governança ambiental. Entre as metas de pesquisa, destacam-se:
1. Decrescimento: Estudar comunidades sustentáveis e suas práticas.
2. Durabilidade de Produtos: Analisar como produtos de qualidade podem reduzir o desperdício.
3. Socialização Reversa: Investigar o papel das crianças na promoção de práticas de consumo sustentável.
Essas iniciativas visam romper com o paradigma de crescimento ilimitado e consumo desenfreado, propondo uma nova forma de pensar sobre sustentabilidade.
Perspectiva Internacional
A importância do FGVEarth foi ressaltada por especialistas internacionais presentes na cerimônia. Maria Alejandra Gonzalez-Perez, da Universidad EAFIT, enfatizou que o Brasil retoma sua posição como capital ambiental, semelhante ao que ocorreu nas conferências Rio-92 e Rio+20. Govindan Parayil, da University of South Florida, acrescentou que o centro pode ajudar o Brasil a liderar a transição para fontes de energia renováveis.
Os pesquisadores do FGVEarth pretendem ter um papel ativo na COP30, especialmente na implementação de políticas ambientais no Sul Global. Gonzalez-Perez alertou que o mundo enfrenta uma bifurcação crítica: continuar com práticas insustentáveis ou iniciar uma revolução na implementação de políticas climáticas justas e inovadoras.