- Dois pterossauros do gênero Pterodactylus morreram há 150 milhões de anos em uma tempestade.
- O evento ocorreu em uma laguna na região do Calcário Solnhofen, na Alemanha.
- Um estudo recente revelou que as fraturas nas asas indicam que os animais eram jovens e inexperientes.
- Os fósseis, expostos em museus alemães, mostram lesões que sugerem que a causa da morte foi a força do vento, não um impacto direto.
- Os pterossauros, chamados de Lucky I e Lucky II, tinham apenas 20 centímetros de envergadura e estavam em fase inicial de vida.
Dois jovens pterossauros do gênero Pterodactylus morreram há 150 milhões de anos após serem derrubados por uma tempestade. O evento ocorreu em uma laguna na região do Calcário Solnhofen, na Alemanha, onde seus restos foram preservados. Um estudo recente, publicado na revista Current Biology, analisou os fósseis e revelou que as fraturas nas asas indicam que os animais eram inexperientes.
Os fósseis, que estão expostos em museus alemães, mostram ossos quebrados, um com fratura na asa direita e outro na esquerda. As lesões são irregulares, sugerindo que a causa não foi um impacto direto, mas sim forças de torção, comuns em jovens pássaros e morcegos enfrentando ventos fortes. Os pesquisadores descartaram a possibilidade de machucados antigos, pois não havia sinais de cicatrização.
Os pterossauros, apelidados de Lucky I e Lucky II, tinham apenas 20 cm de envergadura, um tamanho pequeno mesmo para filhotes. A análise indica que eles eram muito jovens, com apenas alguns dias ou semanas de vida, o que pode ter contribuído para sua morte durante a tempestade. Após serem derrubados, os corpos submergiram na laguna, onde foram rapidamente soterrados por sedimentos, permitindo a fossilização.
Esse achado é raro, já que os pterossauros possuíam esqueletos leves, o que dificulta a fossilização. Rab Smyth, pesquisador da Universidade de Leicester, destacou que a chance de encontrar fósseis preservados é mínima, e descobrir um que revele a causa da morte é ainda mais incomum. Este estudo fornece novas evidências sobre como eventos climáticos extremos podem ter impactado a vida desses répteis voadores.