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Parque da Amazônia enfrenta risco de destruição devido a queimadas e disputas judiciais

Inspeção judicial revela atividades agropecuárias em área do Parque Estadual Cristalino 2, que já perdeu 29 mil hectares para incêndios desde 2019

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foco de incêndio no Leste Cristalino, em Mato Grosso, em 2024 (Foto: Reprodução)
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  • O Parque Estadual Cristalino 2, criado em 2001, enfrenta ocupações irregulares e disputas judiciais desde 2011.
  • Uma inspeção judicial em 6 de agosto de 2025, na fazenda Handú, revelou atividades agropecuárias em área de preservação, ocupada por Antônio José Junqueira Vilela Filho.
  • Vilela Filho, condenado em 2024 a pagar R$ 1,2 milhão por desmatamento, tem histórico de crimes ambientais.
  • Desde 2019, o parque perdeu 29 mil hectares para incêndios, sendo 14.800 hectares apenas em 2024.
  • A falta de ação das autoridades e o aumento das solicitações de mineração refletem a fragilidade da proteção do parque.

O Parque Estadual Cristalino 2, criado em 2001 para proteger a biodiversidade da Amazônia mato-grossense, enfrenta uma grave crise devido a ocupações irregulares e disputas judiciais. Recentemente, uma inspeção judicial na fazenda Handú, ocupada por Antônio José Junqueira Vilela Filho, revelou atividades agropecuárias em uma área que deveria ser preservada.

A inspeção, realizada em 6 de agosto de 2025, contou com a participação de autoridades estaduais e identificou a presença de cercas, pastagens e até uma escola com 40 crianças. Vilela Filho, que tem um histórico de crimes ambientais, foi condenado em 2024 a pagar R$ 1,2 milhão por desmatamento em Altamira (PA). A disputa judicial sobre o parque começou em 2011, quando a Sociedade Comercial e Agropecuária Triângulo contestou sua criação, alegando falta de estudos técnicos.

Dados alarmantes indicam que o parque perdeu 29 mil hectares para incêndios desde 2019, sendo 14.800 hectares apenas em 2024. A situação se agrava com a falta de ação efetiva das autoridades, enquanto o Ministério Público Federal e a Advocacia-Geral da União reivindicam participação nas negociações sobre o futuro da unidade.

A rede Pró-UC criticou a condução da inspeção, ressaltando que a área foi cedida pela União com a condição de conservação. Em 2022, um erro processual permitiu que mais de 87% de um imóvel rural em bom estado de conservação fosse desmatado. As solicitações de mineração na área aumentaram 126%, refletindo a fragilidade da proteção do parque.

A cada movimentação no processo, a fragilidade da manutenção do parque se torna evidente, segundo Edilene Amaral, consultora jurídica do Observa-MT. A falta de um posicionamento claro das autoridades e o aumento das agressões ambientais colocam em risco a integridade do Parque Estadual Cristalino 2.

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