- A Espanha registrou o verão mais quente da sua história em 2023, com temperatura média de 24,2 ºC.
- O recorde anterior era de 2022.
- A agência estatal de meteorologia, Aemet, confirmou uma intensa onda de calor e incêndios florestais devastadores.
- Nove dos dez verões mais quentes ocorreram neste século, com junho apresentando desvio de 3,6 ºC acima da média histórica.
- A temporada de incêndios resultou em quatro mortes e mais de 350.000 hectares devastados, com 33 dias de ondas de calor durante os 90 dias de verão.
A Espanha registrou o verão mais quente da sua história em 2023, com uma temperatura média de 24,2 ºC, superando o recorde anterior de 2022. A agência estatal de meteorologia, Aemet, confirmou que este verão, que começou em 1961, foi marcado por uma intensa onda de calor e incêndios florestais devastadores.
O porta-voz da Aemet, Rubén del Campo, destacou que nove dos dez verões mais quentes desde o início dos registros ocorreram neste século. O mês de junho foi particularmente severo, apresentando um desvio de 3,6 ºC acima da média histórica. Após um julho que trouxe um leve alívio, agosto voltou a ser extremamente quente, com uma onda de calor que durou 16 dias, uma das mais significativas já registradas.
As altas temperaturas contribuíram para uma das piores temporadas de incêndios florestais da Espanha, resultando em quatro mortes e mais de 350.000 hectares devastados. No noroeste do país, onde os incêndios foram mais intensos, o verão foi classificado como extremamente seco, criando condições ideais para a propagação do fogo. Del Campo ressaltou que, dos 90 dias de verão, 33 foram marcados por ondas de calor, evidenciando a crescente frequência desses fenômenos.
Os cientistas têm alertado sobre o impacto das mudanças climáticas nas ondas de calor e secas, que se tornam cada vez mais intensas e frequentes. O último verão sem ondas de calor na Espanha foi em 2014, evidenciando uma mudança significativa nas condições climáticas do país.