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Humanos e abelhas compartilham genes que impulsionam a vida social

Estudo identifica 18 variantes genéticas em abelhas que influenciam a sociabilidade, revelando semelhanças com humanos e um ancestral comum.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Homem de terno fala ao microfone durante apresentação em um palco com gráfico ao fundo (Foto: Reprodução)
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  • Um estudo publicado na revista PLOS Biology revela semelhanças genéticas entre abelhas e humanos que influenciam a sociabilidade.
  • A pesquisa focou na abelha-europeia (Apis mellifera) e identificou dezoito variantes genéticas ligadas ao comportamento social de compartilhar alimentos.
  • Dois genes destacados, neuroligina-2 e nmdar2, têm sequências semelhantes a genes associados ao transtorno do espectro autista em humanos.
  • Mais de novecentos genes mostraram aumento na expressão cerebral durante interações sociais entre as abelhas.
  • Os resultados sugerem que características sociais complexas foram preservadas ao longo de milhões de anos de evolução, indicando um ancestral comum entre humanos e abelhas.

Um estudo recente publicado na revista PLOS Biology revela que os mecanismos genéticos que influenciam a sociabilidade em abelhas são semelhantes aos encontrados em humanos. Essa descoberta sugere uma conexão evolutiva profunda entre as espécies.

Os pesquisadores analisaram a Apis mellifera, a abelha-europeia, utilizando sequenciamento do genoma e observações comportamentais. O estudo identificou 18 variantes genéticas associadas ao comportamento social de compartilhar líquidos nutritivos, conhecido como trofalaxia. Entre essas variantes, destacam-se dois genes, neuroligina-2 e nmdar2, que possuem sequências semelhantes a genes relacionados ao transtorno do espectro autista em humanos.

A pesquisa também revelou que mais de 900 genes apresentaram aumento na expressão cerebral conforme as abelhas interagiam entre si. Ian Traniello, primeiro autor do estudo, destaca que os insetos sociais são ideais para rastreamento comportamental, permitindo monitorar as atividades das abelhas ao longo de suas vidas.

Esses achados reforçam a ideia de que a sociabilidade é uma característica complexa, controlada por múltiplos genes. A pesquisa sugere que blocos moleculares antigos da vida social foram conservados ao longo de milhões de anos de evolução, evidenciando que humanos e abelhas compartilham um ancestral comum que existiu há mais de 600 milhões de anos.

Essas semelhanças genéticas entre humanos e abelhas nos lembram que, apesar das diferenças, somos primos distantes de todos os animais, com características sociais que se desenvolveram ao longo do tempo através da evolução e seleção natural.

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